Por:Arimateia Azevedo
Quem ouve os candidatos ao governo do Piauí – e também outros para o Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa – fica sabendo que entre as suas propostas, eles elencam vários projetos para o setor da saúde. Parece que esse setor virou o epicentro de todas as denúncias fazendo crer que a crise dos hospitais regionais do estado pode ter chegado a um ponto tal que as denúncias se multiplicam através das redes sociais.
Se ouve, por exemplo, um áudio onde se imagina que seja a diretora falando do caos no hospital regional de Campo Maior. E, assim, servidores de hospitais de outros municípios já não conseguem mais se calar diante de tantas dificuldades. Diz-se, que no Hospital Regional de Campo Maior, os médicos vão deixar de atender e que serão fechados 30 leitos, pois na unidade falta de tudo, sem medicamentos, sem alimentação e sem salários. Seguramente, os doentes de maior urgência e casos de maior complexidade serão todos transferidos para outras cidades, preferencialmente Teresina.
Pelo exemplo de Campo Maior dá para se ter uma ideia do que acontece nos outros hospitais, nos mais distantes interiores do Piauí, a começar pelo atraso de salários – em alguns, há mais de quatro meses, como se denuncia no caso do hospital regional de Picos. Em um período em que as doenças endêmicas recomeçam e se tornam mais necessárias ações preventivas e ações de restabelecimento da saúde das pessoas, torna-se impossível buscar alternativas imediatas que não seja a pronta intervenção do governo no setor, já que os médicos não querem mais atender nos hospitais pela absoluta carência de meios para fazê-lo, e, com isso, a população é quem termina sendo prejudicada, numa demonstração evidente do caos completo no setor.
