O retorno às aulas na Uespi está sendo uma grande decepção. Os alunos já contavam com decepções. Mas o Senhor Reitor e seus pupilos e pupilas capricharam no quesito descaso e incompetência com o Curso de Direito em Parnaíba, apenas para citar um exemplo.
O prédio que ja estava detonado, está ficando cada vez pior. Cupins tomando conta das paredes, forro e do soalho; portas e janelas apodrecendo ao sabor do sol e da chuva; bebedouro servindo apenas água quente; soalho cheio de tábuas podres acarretando riscos de acidentes; falta de professores para algumas disciplinas; data-shows com em desuso por causa de defeitos, ventiladores queimados. O Teto é uma incógnita. Nao sabemos onde está mais arriscado cair em cima dos alunos e professores. Enfim, um caos.
E não adianta discurso conformista de que existe gente por aí em situação pior! Esta fuga da realidade não convence e nem resolve o problema.
A questão da mudança para a sede do campus, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, continua indefinida porque o Senhor Reitor ainda não viabilizou a compra dos aparelhos de ar condicionado.
Pessoalmente, acredito na boa fé, boa vontade e nos esforços da diretora do campus, professora Rosineide Candeia. Trata-se, na minha opinião, de uma gestora atenta e democrática. Infelizmente, temos, mais uma vez, uma reitoria sem compromisso com Parnaíba. O Senhor Reitor não consegue desvencilhar-se dos interesses da capital e olhar um pouco para Parnaíba.
Duvido que o Senhor Reitor se preocupe com a situação de penúria do prédio Miranda Osório, onde funciona o curso de Direito. Insenvível, quer que nós, estudantes de Direito, saiamos do prédio apenas para que se torne “um problema a menos para a reitoria”, vez que abandonarão aquele edifício histórico de belas linhas arquitetônicas.
Eu, pessoalmente, tenho uma posição e a apresento aos colegas estudantes de Direito da Uespi Parnaíba: Podemos até sair do prédio Miranda Osório, por uma questão de segurança. Mas devemos lutar para que seja uma saída honrosa. Não podemos deixar que o “Pilatos” da Uespi simplesmente lave as mãos na pia do descaso com nosso prédio Miranda Osório. Não vamos deixar que este sacrifício seja em vão. Conclamo os colegas para exigirmos um posicionamento objetivo. Podemos até sair do prédio Miranda Osório, mas exigimos um compromisso formal, escrito, da reitoria da uespi ou do palácio do karnak de que o prédio será restaurado dentro de um prazo razoável, a ser definido pelos alunos e representantes do governo. Vamos exigir a presença do reitor em Parnaíba.
Até agora o governo e a Reitoria da Uespi só tem enrolado. Ao contrário do que se esperava, nunca foi encaminhado ao Ipham qualquer projeto executivo de obra visando a restauração daquela edificação. Nunca jogaram limpo conosco.
Eu, particularmente, não acredito na capacidade do atual governo do Piauí de cumprir compromissos. Mas pelo menos teremos um documento em mãos para mostrar à sociedade o caráter dos nossos governamentes estaduais. E que isto sirva de aprendizado para a comunidade acadêmica e a cidade de Parnaíba.
Se o prédio não
oferece mais condições de funcionamento torna-se uma estupidez insistir em continuar debaixo do seu teto. Mas como a situação tornou-se insuportável devido o descaso governamental, devemos deixar isso bem claro.
Adotar um posicionamento crítico como este, pode me render antipatias. Sou bastante reservado. Evito polêmicas. Mas, sobre a restauração do prédio Miranda Osório, a minha medida de paciência encheu, transbordou. Não deu para segurar a indignação.
Encerro com esta citação que encontrei aqui no Facebook: “Se você é neutro em situação de injustiça, você escolheu o lado do opressor”. Desmound Tutu.
Fica aqui a minha sugestão.
F. CARVALHO – Jornalista
Licenciado em Letras Português, Acadêmico de Direito da Uespi Parnaíba
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