Alvo de críticas da mídia, Bolsonaro anuncia o “fim da imprensa” em tom de ameaça

Bolsonaro disse haver uma briga com a “mídia tradicional”

Talita Fernandes
Folha

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quinta-feira, dia 22, que o Brasil enfrentará problemas pelo que chamou de “irresponsabilidade da imprensa”. Bolsonaro disse isso em meio a entrevista na qual demonstrou irritação diante da repercussão de uma declaração sua, um dia antes, segundo a qual as queimadas poderiam ser ação criminosa de “ongueiros” para chamar a atenção contra o governo.

“O Brasil vai chegar à situação da Venezuela. É isso que a grande parte da grande imprensa brasileira quer. E fica o tempo todo de picuinha, fazendo campanha contra o Brasil. Vocês acham, se o mundo lá fora começar a impor barreiras comerciais nossas, cai o nosso agronegócio, cai a economia”, disse. Ao falar com repórteres, mandou um recado para chefias das redações, dizendo que os editores dos jornais e donos de televisões também terão a vida complicada, como a de todos os brasileiros.

“O FIM DA IMPRENSA” – “A imprensa está cometendo um suicídio”, disse. “Estamos numa nova era. Assim como acabou no passado o datilógrafo, a imprensa está acabando. Não é só por questão de poder aquisitivo do povo que não está bom. É porque não se acha verdade ali.” Ainda nesta quinta-feira, Bolsonaro afirmou que o jornal Valor Econômico, controlado pelo Grupo Globo, vai fechar. “O jornal Valor Econômico, que é da Globo, vai fechar. Não devia falar? Não devia falar, mas qual é o problema? Será que eu vou ser um presidente politicamente correto?”, disse Bolsonaro durante café da manhã com representantes da Acaert (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão).

O encontro ocorreu no segundo andar do Palácio do Planalto e o discurso de Bolsonaro foi transmitido em suas redes sociais. As declarações do presidente foram feitas no contexto da medida provisória, assinada por ele no início do mês, que permite a empresas de capital aberto a publicação de balanços no site da Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ) ou do Diário Oficial, em vez de em veículos impressos. Bolsonaro afirmou que existe uma briga com a grande mídia e acusou a imprensa de “deturpar” suas falas.

CRÍTICAS -“Há uma briga também com a mídia tradicional, com a grande mídia, na questão de deturpar. Ontem eu tive saco de ouvir um pouco a GloboNews, falando sobre queimada da Amazônia. Duas senhoras ali que, pelo amor de Deus, só falam abobrinha o tempo todo. Entendem de tudo, tudo. Lula e Dilma não tinham defeito nenhum, zero defeito. É lógico, estava lá dinheirinho na conta [inaudível] do governo”, afirmou, sem se referir ao que dizia. Quando assinou a medida sobre os balanços, Bolsonaro já havia ironizado sobre se o Valor Econômico, especializado na cobertura econômica, sobreviveria.

Durante o encontro nesta quinta, que tinha como plateia empresários de grupos de comunicação, Bolsonaro simulou um diálogo com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. “Sabe o que eu posso fazer? Chamo o presidente da Petrobras aqui: vem cá, o, Castello Branco. Você vai mostrar seu balancete este ano no jornal O Globo. ‘Mas, presidente, custa 10 milhões entre jornal e comissão’. “Ô, cara, é Globo’. Posso fazer ou não? Vinte páginas de jornais para isso”, disse.

RECEITA – No início do mês, Bolsonaro disse considerar “extremamente positivo” o valor que estima como perda de receita dos jornais em razão da medida provisória. Inicialmente, ele afirmou que a medida era uma retribuição aos ataques que diz sofrer da imprensa. Dias depois, declarou que estava apenas buscando uma evolução. O presidente tem dito, sem explicar de onde tirou a informação, que os jornais perderão uma receita de R$ 1,2 bilhão com a medida, publicada no Diário Oficial da União no dia 6 de agosto.

A MP, com força de lei, tem validade de 60 dias e pode ser renovada por mais 60. O texto caduca se em 120 dias não for votado pela Câmara e Senado. A medida altera vários dispositivos da chamada Lei das S/A (6.404/76). O trecho referente aos balanços de empresas está no artigo 289. Em nova redação, o trecho destaca que: “As publicações ordenadas por esta lei serão feitas nos sítios eletrônicos da Comissão de Valores Mobiliários e da entidade administradora do mercado em que os valores mobiliários da companhia estiverem admitidas à negociação”.

ACORDO – A redação original do artigo afirmava que as publicações seriam feitas também “em jornal de grande circulação editado na localidade em que está situado a sede da companhia”. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já defendeu um acordo com o Senado para um modelo de transição na MP. Segundo Maia, não é a melhor decisão retirar essa receita dos jornais “da noite para o dia”.

“A minha preocupação em relação à MP, que do ponto de vista teórico faz sentido, não haverá no futuro papel-jornal, essa que é a verdade, mas o papel-jornal hoje ainda é um instrumento muito importante da divulgação de informação, da garantia de liberdade de imprensa, da liberdade de expressão, da garantia da nossa democracia”, ressaltou. Em nota, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou repudiar as “equivocadas manifestações do presidente Jair Bolsonaro a respeito da imprensa”. 

“A ANJ lembra que o presidente sancionou em abril passado uma nova e moderna legislação para a transição digital da publicação de balanços e, menos de quatro meses depois, editou a MP 892, cancelando-a em, como ele mesmo admitiu, ´retribuição´ à cobertura dos jornais”, disse a entidade.  “Além de desconhecer que todo o papel de imprensa provém de florestas renováveis, o presidente ignora mais uma vez a relevância da atividade jornalística, sobretudo em uma era em que a desinformação e o sectarismo transbordam de redes sociais e manifestações oficiais”, afirmou a ANJ.

Ex-governadores Wilson Martins e Zé Filho desmentem Wellington Dias

Wilson chamou atrasos de W.Dias de desastre (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Os ex-governadores Wilson Martins (PSB) e Zé Filho (PSDB) desmentiram afirmação do governador Wellington Dias (PT) de que os atrasos no cofinanciamento da saúde dos municípios tenha sido herdado ainda de suas gestões. Na quarta-feira, o petista admitiu que o repasse está vários meses atrasados [na verdade está mais de ano], no entanto, jogou a culpa em “gestões anteriores” que, segundo ele, deixaram o cofinanciamento já em atraso.

Política Dinâmica procurou os dois ex-gestores. Wilson Martins afirmou que deixou os repasses, tanto o da atenção básica como dos hospitais, totalmente em dia. Ele fez questão de lembrar, inclusive, que foi ele que criou o programa através de uma regulamentação. Wilson lamentou que o governo de Wellington Dias não esteja fazendo os repasses, classificou a situação como “um desastre” e ainda relatou uma situação que considera grave.

Segundo ele, prefeitos lhe relataram que a gestão de Wellington está dando preferência a alguns municípios e pagando de acordo com pedidos de deputados e lideranças políticas, liberando a verba dois ou três meses para algumas prefeituras. “É uma coisa que deve ser tratada republicanamente e ser pago para todos. Isso é absolutamente lamentável”, falou.

Zé Filho diz que W.Dias não desce do palanque (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)Zé Filho diz que W.Dias não desce do palanque (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

A REAÇÃO DE ZÉ FILHO

O ex-governador Zé Filho, que administrou o Estado de abril a dezembro de 2014, disse que a afirmação de Wellington é coisa de gente que não desce do palanque. Ele negou que tenha deixado o cofinanciamento em atraso e ironizou. “Você conhece o Wellington Dias né? Ele não tem culpa de nada. Tudo foi os ex-governadores, mesmo ele estando no quarto mandato”. (Gustavo Almeida)

Dória prepara sua transformação em anti-bolsonarista, de olho em 2022

Governador surfou no movimento “Bolsodoria” em 2018, mas em 2022 quer o cargo de Bolsonaro

Candidato a presidente em 2022, o tucano João Doria estabeleceu a estratégia de se distanciar de Jair Bolsonaro a cada dia. Criador do movimento “Bolsodoria” em 2018, ele voltou a repetir o mantra de que nunca teve “alinhamento político” ao governo Bolsonaro, e sempre que pode bate duro em temas pessoalmente caros ao presidente, como na polêmica em que preferiu se solidarizar ao presidente nacional da OAB. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

O governador também se juntou aos críticos da indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada em Washington. “Eu jamais faria isso”, disse.

Em público, Doria evita pegar pesado, mas, em particular, ele bate de maneira tão contundente quanto qualquer anti-bolsonarista ferrenho.

A estratégia de Doria, confirmada por aliados, é radicalizar após as eleições de 2020. Até lá, críticas serão “firmes, porém em tom elevado”.

A ideia dos que ajudam na estratégia é que Doria chegue a 2022 com discurso anti-Bolsonaro mais radical que qualquer líder de esquerda.

Governo Bolsonaro inclui Piauí no programa para produção de petróleo e gás em terra

O ministério de Minas e Energia, lança, com a presença do ministro Bento Albuquerque, o REATE 2020 (Foto: Divulgação)

O  Ministério de Minas e Energia lançou ontem (22) o Reate 2020 – Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres. Segundo o ministro Bento Albuquerque, a meta é duplicar a produção em dez anos, com o setor de gás crescendo a um ritmo maior que o do petróleo.

“A produção até 2030, no mínimo, dobrará, saindo do patamar de 270 mil barris diários de óleo equivalente para 500 mil barris diários. Fruto da sinergia entre os programas Reate 2020 e o Novo Mercado de Gás, sairemos de um nível de produção de gás natural em terra de 25 milhões de metros cúbicos por dia para mais de 50 milhões”, afirmou o ministro Bento Albuquerque, no lançamento do projeto.

A pasta projeta que os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás terrestres saiam do atual patamar de R$ 1,6 bilhão anuais para cerca de R$ 4 bilhões por ano, com a perspectiva de criação de aproximadamente 700 mil empregos. “Dessa forma, até 2030, o onshore (terrestre) receberá R$ 40 bilhões em novos investimentos”, acrescentou.

Segundo o ministro, em razão da manifestação de interesse do mercado, serão levadas a leilão de oferta permanente, no dia 10 de setembro, 263 áreas em terra para exploração e produção de petróleo e gás natural, em sete estados do Nordeste – Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe e no norte do Espírito Santo.

Para revitalizar o setor, o Reate 2020 prevê, entre outras ações, o estímulo à criação de empresas nacionais, incluindo as startups (empresas de base tecnológica) e a atração de investimentos estrangeiros.

Fonte: EBC

Florentino Neto atribui caso de sarampo no Piauí ao movimento antivacina

Secretário de Saúde Florentino Neto (Foto: Divulgação)

O Secretário de Saúde do Piauí Florentino Neto atribuiu aos movimentos antivacina, impulsionado nas redes sociais, a volta do sarampo no Brasil e especialmente no Piauí, que está com um caso confirmado e sete suspeitos. Em entrevista ao OitoMeia, na tarde de quarta-feira (21/08), ele pediu para que a população piauiense não relativize o poder da vacinas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as razões pelas quais as pessoas escolhem não se vacinar são complexas, e incluem falta de confiança, complacência, e há também os que alegam motivos religiosos. O movimento antivacina surgiu dos Estados Unidos, se expandiu no continente Europeu e vem ganhando força em diversas partes do mundo através das redes sociais.

“O que nós estamos vivenciando hoje é a consequência desse procedimento que a gente ver nas redes sociais de desestimulo da vacinação. A vacina é efetivamente um produto que respeita todas as normas científicas de elaboração e produção, sanitária. Foi por meio das vacinas que a humanidade conseguiu superar as epidemias. Nós temos uma população hoje livre de muitas doenças, não podemos relativizar a vacinação. O Brasil tem um dos melhores programas de imunização do mundo”, afirmou Florentino Neto. 

No Piauí, um caso de sarampo já foi confirmado e outros sete suspeitos aguardam pela divulgação de exames. O secretário afirmou que o caso confirmado foi importado de São Paulo e que os casos que estão sob suspeita também vieram de outras regiões. O Piauí tem estoque suficiente de imunização para evitar a incidência de mais casos.

Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.
“A maioria deles também são importados e nós vamos expedir boletins para a população. O Ministério da Saúde está recomendado as vacinas nas crianças de um a onze meses e vinte nove dias, e nós temos vacinas suficientes. A população que procurar os postos de saúde de 1 a 49 anos também serão atendidos. Os municípios estão sendo comunicados das rotinas orientadas pelo Programa Nacional de Imunização e havendo qualquer necessidade adicional nós estaremos repassando a vacina. Nós temos hoje tranquilidade quanto ao estoque das vacinas”, disse Florentino Neto. 

A “hesitação em se vacinar”, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das dez maiores ameaças globais à saúde em 2019. Dados do Ministério da Saúde mostram que todas as vacinas destinadas a crianças menores de dois anos de idade no Brasil vêm registrando queda desde 2011. (Por: Shelda Magalhães )

Reeleição de W. Dias: Quem vai aprovar as contas do Governo?

A eleição dessa turma não caiu do céu: o relatório técnico do TCE expõe um mar de irregularidades na gestão de Wellington em ano de campanha (Foto: Gustavo Almeida | PoliticaDinamica.com)

Por: Marcos Melo

É chegada a hora de se conhecer a verdade. As contas do Governo do Piauí no ano da reeleição de Wellington Dias (PT) já foram objeto de análise técnica pelo Tribunal de Contas do Estado.

E a esculhambação é grande. Wellington Dias pegou empréstimo para pagar dívidas de empréstimo. A gravidade disso? É como pagar uma conta de cartão de crédito com outro cartão de crédito, sem ter dinheiro para bancar nenhum dos dois.

Sobrou dinheiro para o esquema de sobrepreço e superfaturamento nas obras de calçamento — que se a polícia investigar de verdade, será a Lava-Jato do Piauí — e faltou para (vejam só!) garantia dos direitos e inclusão da pessoa com deficiência, defesa da sociedade, e os programas Viva Sem Drogas (olha aí uma das principais causas da violência) e Mais Mulher.

O TCE aponta ainda que 12 órgãos da gestão faziam exatamente os mesmos serviço de obras.  

No caso do empréstimo FINISA II, nada menos que 94,55% dos recursos de investimento foram destinados a obras pulverizadas de calçamento, com o conhecido superfaturamentobaseado propositalmente na distorção da tabela de referências de preços com valores de São Paulo (bem mais caros que do Piauí). Ser exatamente ano de eleição terá sido coincidência?

A farra foi boa para os deputados que estavam ocupando como verdadeiros comitês de campanha a Defesa Civil, DER, IDEPI, Secretaria das Cidades, SEINFRA, SETRANS, SETUR e outros.

Nada poderia explicar um julgamento em que os conselheiros do TCE não recomendem a reprovação das contas.

A GRANDE BALELA

Volta e meia se tem notícia de um tal Planejamento Plurianual, o PPA, que o senhor governador Wellington Dias alega ser o estudo do caminho de desenvolvimento que será seguido por sua gestão. Pois bem, a análise feita pelo TCE aponta que o dinheiro que o petista torrou em 2018 não financiou PPA nenhum.

APERTEM OS CINTOS, O PILOTO SUMIU

O aumento do endividamento do Piaui, além de ter sido confirmado pelo relatório técnico do TCE, parece ter sido agravado pelo descontrole. Diz o relatório: “Em relação à gestão fiscal do Estado, foi confirmada a situação de aumento no endividamento, insuficiência de disponibilidade de caixa para fazer face às obrigações assumidas, ausência de previsão orçamentária para garantir o empenho de despesas obrigatórias e atingimento do limite prudencial nas despesa de pessoal, entre outras ocorrências”.

O avião está sem piloto.

RENÚNCIAS FISCAIS

Descontrole interno, ales, é generalizado. O TCE não encontrou parâmetros bem definidos sobre as concessões de renúncias fiscais nem qualquer papel que indique monitoramento delas. Ou seja: pode haver benefícios ilegais e estrategicamente desvantajosos para as contas do Estado.
Como no caso dos benefícios concedidos, por exemplo, ao Grupo Petrópolis — Cervejaria Itaipava –, empresa investigada na Lava-Jato.

NÓS CONTAMOS

Ricjardeson Rocha Dias, contador geral do Estado. Apesar do sobrenome, não há notícias de que ele seja parente do governador Wellington Dias. Infelizmente, para ele.

É que Ricjardeson é o nome mais citado em todo o relatório das contas de 2018 como responsável por informações que estão em desconformidade com regras, métodos e leis. Logo em seguida vem o do próprio governador.

E se não é parente, cidadão, no final Wellington não vai segurar a sua mão. (Política Dinâmica)

Presa na “Operação Topique” participa de painel sobre empreendedorismo no Piauí

“EMPREENDENDO DESDE CEDO”

A empresária Lívia de Oliveira Saraiva deverá comparecer nesta sexta-feira (23) a um evento denominado ‘Brasil empreende 2019’ a se realizar no auditório da Cesvale, no Riverside Shopping. Por telefone a faculdade disse que está somente cedendo o auditório.

Segundo a programação divulgada, Lívia participará do painel “Empreendendo desde cedo”, do qual também participará nomes como Guilherme Miranda e Diana Beatriz. 

O evento tem o apoio da RH Carreira, empresa de Lívia Saraiva, que confirmou a participação da empreendedora.

A empresária chegou a ser presa pela Polícia Federal em operação que investiga organização criminosa por fraudes em licitações e desvio de recursos federais destinados ao transporte escolar no Piauí e em prefeituras do Piauí e Maranhão.

O painel do qual faz parte Lívia é o último, para encerrar com chave de ouro o evento. (Rômulo Rocha)

Saiba como votaram os deputados do PI no projeto que amplia posse de arma em propriedade rural

 

O Plenário da Câmara aprovou na noite dessa quarta-feira (21), por 320 votos a 61, o Projeto de Lei 3.715/19, que autoriza a posse de arma em toda a extensão de uma propriedade rural. A medida garante ao dono de uma fazenda, por exemplo, o direito de andar com uma arma de fogo em qualquer parte de sua propriedade. Atualmente, a posse só é permitida na sede.

Durante a votação, os deputados rejeitaram uma emenda que permitiria incluir no projeto de lei um dispositivo que alteraria o Estatuto do Desarmamento para garantir porte de arma ao proprietário rural. 

A segurança no campo foi o elemento central durante as discussões do projeto da proposta. Os defensores da proposta argumentaram que os agricultores precisam ter condições de se defender da criminalidade, enquanto os que se posicionavam contra o PL diziam que a medida poderia agravar a violência no campo.

Como votaram os parlamentares piauienses

Do Piauí, os deputados Marcos Aurélio (MDB), Marina Santos (SD), Átila Lira (PSB) e Pães Landim (PTB) votaram a favor da proposta. Já Assis Carvalho (PT), foi contra o PL.

Rejane Dias (PT), Flávio Nogueira (PDT), Iracema Portella (PP), Júlio César (PSD) e Margarete Coelho (PP), se ausentaram da votação.

O texto segue agora para sanção presidencial.

Senadores derrubam trabalhos aos domingos

De O Estado de S. Paulo – Coluna do Estadão

A tropa de choque que derrubou a regulamentação dos trabalhos aos domingos não foi petista. Integrantes do MDB (Simone Tebet e Renan Calheiros), PSD (Otto Alencar) e até PSDB (Antonio Anastasia e José Serra) impuseram a derrota.

Para o relator da MP da Liberdade Econômica, o efeito será reduzido. A portaria 604 já autoriza 79 categorias a trabalhar no domingo. O intuito do texto era dificultar que futuros governos a revogassem.

PSDB, DEM e PSD discutem fusão das siglas

As direções partidárias de PSDB, DEM e PSD começaram a discutir a fusão partidária das três siglas em uma única legenda para disputar as eleições de 2022, quando estarão em jogo a Presidência da República, os governos de estado, a Câmara dos Deputados e vagas para o Senado, além dos legislativos estaduais.

João Doria é o candidato natural do PSDB à Presidência, e tem procurado se afastar do mote “BolsoDoria”, que ajudou a elegê-lo governador de São Paulo em 2018. Em entrevista ao blogueiro do UOL Josias de Souza, publicada ontem, o tucano fez inúmeras críticas à condução do governo Bolsonaro.

As conversas sobre a fusão começaram nos últimos meses e ainda estão incipientes – não se discutiu qual seria o nome do novo partido, por exemplo – e por isso participantes do movimento avaliam que ele não será concretizado a tempo das eleições municipais do ano que vem. “O principal empecilho a essa junção era o [Gilberto] Kassab [presidente do PSD]”, diz um tucano graduado que participa das negociações.

“Mas nas últimas discussões ele [Kassab] mostrou uma mudança de postura e acredito que é apenas uma questão de tempo para amadurecermos esse projeto. A ideia é ter tudo concretizado até 2021 para dar tempo de participar com o novo partido das eleições em 2022”, diz o político do PSDB. “É um apontamento para o futuro”, comenta um assessor ligado à direção nacional tucana, sem confirmar que a ideia será concretizada.

BNDES bancou jato para Construtora da família de Marcelo Castro

Senador Marcelo Castro

Os proprietários da Construtora Jurema também foram beneficiados na compra de um jatinho com recursos do BNDES. As informações são do Oantagonista.

A Jurema está em nome dos irmãos João e Humberto Costa e Castro, que são irmãos do senador Marcelo Castro. O empréstimo do BNDES saiu via Bradesco, com taxa anual de 4,5% e no valor de R$ 6,1 milhões.

  • Foto: DivulgaçãoEmpréstimo do BNDES para Construtora Jurema.Empréstimo do BNDES para Construtora Jurema.

Como O Antagonista revelou na segunda-feira, o banco liberou R$ 1,9 bilhão para a compra de jatinhos executivos.

Entre 2009 e 2014, foram autorizadas 134 operações de crédito a juros subsidiados, que beneficiaram banqueiros, empresários, advogados e artistas. Entre os políticos que utilizaram a linha especial de crédito, estão João Doria e Eunício Oliveira.

A área técnica do BNDES calcula em R$ 700 milhões o prejuízo deixado pela política de incentivo adotada nos governos Lula e Dilma. (Por:Genevaldo Silva- Viagora)

Parnaíba é a mais importante cidade do Brasil, diz Mão Santa em sessão solene:Vídeo

Mão Santa discursou no plenário da Câmara Federal

Foi realizada na manhã desta quarta-feira (21), na Câmara dos Deputados, uma sessão solene em homenagem aos 175 anos da cidade de Parnaíba.

A solenidade ocorreu após requerimento do deputado federal Flávio Nogueira, e contou com a presença do prefeito Mão Santa, dos senadores Ciro Nogueira, Marcelo Castro e Elmano Férrer, e de outros membros da bancada piauiense no Congresso.

“Parnaíba hoje esta presente na modernização do Piauí. É a cidade em que o nível de emprego é positivo. As carteiras novas assinadas, acontecem em Parnaíba. É uma cidade universitária, e que caminha para se tornar líder na área de saúde”, destacou o deputado Átila Lira em discurso.

O prefeito Mão Santa destacou que “Parnaíba é a mais importante cidade do Brasil”.

Citou momentos da história do país, no movimento de independência, em que o povo parnaibano resistiu. “Pode ter inveja, quem quiser. Esse país só é grandão, por Parnaíba. Atentai bem. Eu agradeço a Deus, por mostrar a esse país a cidade luz”, disse. (180 graus)

Consórcios:”Conversas para eleitor se iludir”

Por: Themistocles Gomes Pereira (*)

Eles já estão reunidos em Teresina. Será que falarão que nos últimos anos foi no Nordeste  onde mais cresceu a prática de consórcios fraudulentos entre agentes públicos e empresas? Que tais consórcios são organizações criminosas que utilizam várias empresas para burlar licitações sem despertar suspeitas nos certames? E que a empresa ESTADO que eles representam está atolada até o ultimo osso da medula em falcatruas? 
Certamente nem tocarão neste assunto!

Merenda escolar, transporte escolar, licitações fraudulentas, nem de longe passarão em suas falas.. Eles se negam em pensar!

Sabe o que falarão?
Estarão discutindo uma fórmula mágica nos editais para compra de medicamentos juntos. Já pensou? Na pauta ainda uma Rede de Inteligência para combater o tráfico de armas no Nordeste? E os presídios?

Vão discutir a abertura de um escritório na China, ou seja, mais despesa para os estados falidos, mais cabide de emprego para apaniguados e parentes, com toda certeza! E discutirão uma viagem a França! A brincadeira tá é boa!! Tudo ás custas do CET – Curral Eleitoral do Nordeste, ou seja, do eleitor.
E os verdadeiros problemas? Deixarão nas costas de Bolsonaro, no Governo Federal?
Estas crianças querem enganar a quem?
Pobre Piauí! Pobre Nordeste!!

(*)Themistocles Gomes Pereira (facebook)

Governo anuncia privatização dos Correios hoje

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está na lista das 17 estatais que serão privatizadas ainda este ano. O anúncio será feito hoje, segundo informou o ministro da Economia, Paulo Guedes, ontem. A privatização de estatais precisa de aval do Congresso.

Nas justificativas que constam de estudo para privatizar os Correios, o Ministério da Economia aponta corrupção, interferências políticas na gestão da empresa, ineficiência, greves constantes e perda de mercado para empresas privadas na entrega de mercadorias vendidas pela internet, o e-commerce.

Como exemplos de ineficiência, o estudo aponta o “elevado índice de extravio”, e morosidade no ressarcimento dos produtos extraviados.

Nos estudos para a venda da estatal, o Ministério da Economia aponta o rombo de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários, o Postalis. Além disso, o Postal Saúde, o plano que atende aos funcionários, tem um rombo de R$ 3,9 bilhões.

O estudo diz que os Correios são uma “vaca indo para o brejo”, envolvendo risco fiscal de R$ 21 bilhões.

Em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o governo federal não pode vender estatais sem aval do Congresso e sem licitação quando a transação implicar perda de controle acionário.

Caixa dois: Gilmar autoriza abertura de inquérito contra senador Ciro Nogueira

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, autorizou nesta terça-feira (20) abertura de inquérito contra o senador Ciro Nogueira. O presidente nacional do Progressistas será investigado por suspeita de caixa-dois na campanha de 2014

A decisão de Gilmar atende pedido da Procuradoria-geral da República, que tem como base declarações prestadas pelos donos da J&F, Joesley Batista e Wesley Batista, e outros funcionários do grupo, em delação premiada.

Segundo os delatores, Ciro teria recebido doações “por fora”, com intuito de “evitar retaliações ou dificuldades para as empresas” e “garantir a boa vontade e facilidade de contatos para futuros pleitos empresariais”.

Segundo o site G1, Gilmar considerou, no despacho, “a necessidade de apuração dos fatos mencionados nos acordos de colaboração premiada, bem como a natureza jurídica de meio de obtenção de prova desses acordos”.

À TV Globo, o advogado Antônio Carlos de Almeida, o Kakay, afirmou que as investigações não preocupam o senador.

“O despacho do Gilmar determinando o inquérito é esperado e normal. Toda vez que há delação, e MP se manifesta pela necessidade de investigar, ao ministro resta fazer exatamente isso, não há novidade nesse despacho. O senador não tem preocupação com o mérito da delação, a gente conhece hoje o destino das delações. Esse inquérito será enfrentado com tranquilidade”, disse.

Projeto comunista não é Fake e sim mal explicado

POR:SILAS FREIRE

O deputado Orlando Silva do PCdoB e a militância esquerdista, trataram de usar as redes sociais para espalhar que o projeto de reconhecimento de família, independentemente de relação sanguínea era fake news.

Diz o parlamentar que a expressão no projeto é para protejer as adoções nas relações homoafetivas e não para libertinagem de relações de pai, filhos e irmãos. O parlamentar poderia ter sido mais claro em seu projeto, para não levantar discursões desnecessárias como a polêmica do kit gay que, para uns é um “vai que cola”, para outros má interpretação. Por dever do bom jornalismo, fica a explicação do deputado comunista.

Estados fazem corrida contra o tempo

Secretário Rafael Fonteles fala em audiência pública do Senado sobre reforma da Previdência

Por:Zózimo Tavares

Os estados brasileiros acumulam hoje um déficit de R$ 101 bilhões com a Previdência e ficarão em situação insustentável se não forem incluídos na reforma previdenciária.

O alerta foi dado ontem pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de Fazenda, Rafael Fonteles, na audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça do Senado sobre a Reforma da Previdência.

Conforme o secretário, só Piauí tem hoje uma folha anual de R$ 1 bilhão e 900 milhões com aposentadorias e pensões. Para pagá-la, arrecada R$ 800 milhões. O déficit, portanto, é de R$ 1 bilhão e 100 milhões.

Segundo ainda Rafael Fonteles, a estimativa é de que déficit do Piauí com a folha de aposentados e pensionistas chegue a R$2 bilhões já em 2023.

Inclusão

A audiência pública de ontem na CCJ foi presidida senadora Simone Tebet (MDB-MT). Na mesa, além do relator da reforma no Senado, Tasso Jereissati, estavam ainda o secretário da Previdência Social, Rogério Marinho, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e Rafael Fonteles.

O secretário participou da audiência como presidente do Comsefaz. Ele apelou para que os senadores incluam os Estados e Municípios na proposta de Reforma da Previdência.

Já foi mais fácil

Os secretários de Fazenda e os governadores estão correndo para tentar salvar a reforma previdenciária para os Estados, que ficaram fora das mudanças porque os governadores do Nordeste preferiram combater a PEC a ajudar a aprová-la.

Agora todos estão nas mãos do Senado. Se os senadores não modificarem o texto aprovado na Câmara dos Deputados, excluindo os Estados, cada governador terá que bancar a sua própria reforma, enfrentando todos os desgastes que hoje são exclusivamente do governo federal.

Governadores do NE chegam ao Piauí tentando esquecer que Bolsonaro não gosta deles

Por: ALisson Paixão

Está tudo acertado para a realização da reunião do Consórcio Nordeste, com a presença dos nove governadores (Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Bahia).

Aliás, apenas um dos governadores nordestinos, de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), não confirmou presença alegando outros compromissos, mas que enviará representantes.

Em pauta, o fortalecimento do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável, mediação tecnológica para a criação da universidade aberta do Nordeste, a missão especial com União Europeia e a criação de um escritório do Consórcio na China.

Esta última é uma das maiores apostas do governador Wellington Dias (PT), do estado anfitrião deste encontro. W.Dias já anunciou, recentemente, que durante a viagem que fez a Pequim, ouviu garantias da vinda dos chineses para investimentos na região Nordeste.

Mas não tem jeito. Apesar das -proveitosas- pautas que farão parte da agenda do Consórcio Nordeste, o fantasma do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) tem feito os governadores nordestinos ficarem de cabelo em pé sobre que rumo tomarão daqui para frente.

Apesar de tentarem esquecer esse clima de acirramento de ânimos, sobretudo após as declarações de Bolsonaro que ganharam o mundo, tipo “os governadores Paraíba” e os insultos de que são o “cocô do comunismo”, os governadores não terão como fugir do assunto. Seja em entrevista à imprensa, seja em discussões sobre recursos federais.

A fala de Bolsonaro direcionada, por exemplo ao maranhense Flávio Dino (PCdoB), de que “não é para ter nada para ele”, preocupou não só este, mas todos demais chefes do executivo. Há um certo receio que o presidente Jair Bolsonaro, de alguma forma, não seja tão generoso com os estados onde a maioria absoluta não votou nele.

O clima, no entanto, não pode e nem deve ser de ficar se lamentando. Até porque não há nem tempo para isso. Os governadores vão precisar esquecer que Bolsonaro não gosta deles. Ter gestos e atitudes como a do próprio Wellington Dias, que, na semana passada, quando houve a visita do presidente, fez questão de recebê-lo e tratar das demandas que considera necessárias para o estado.

A eleição já passou. Por mais que o presidente busque instigar esse clima de “eu falo o que eu quiser e dane-se o resto”, os governadores nordestinos vão ter de driblar tudo isso se quiserem continuar tendo um mínimo de respeito junto à União. O momento de rebater, dizer que não presta é na eleição. Tanto a presidência como os governos são impessoais. Só quem perde com essa briga é o povo. Espera-se, sim, que a partir de um encontro como este, resultados positivos apareçam. Afinal de contas, o eleitor que colocou esses governadores aonde estão são os mesmos que colocaram o atual presidente aonde está. Precisam! Gostando ou não um do outro!

Por apenas seis meses, Haddad deve conhecer o interior de uma prisão

Se pena fosse seis meses menor, petista se livraria da prisão no regime semiaberto

Condenado a 4 anos e 6 meses por crime de caixa 2 sete anos depois, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) poderia se livrar da prisão se a condenação fosse apenas seis meses menor. É que vigora no País da Impunidade a regra segundo a qual condenações de até quatro anos de reclusão são convertidas em penas alternativas, como pagar cestas básicas, trabalhar em instituições beneficentes etc. Ele foi condenado por usar em sua campanha dinheiro da empreiteira UTC, da Lava Jato. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Dois cúmplices de Haddad foram condenados a prisão de 9 anos e 9 meses (dono da gráfica) e 10 anos (João Vaccari, ex-tesoureiro do PT).

Ao recorrer da decisão do juiz Francisco Carlos Inouye Shintate, o petista Haddad precisa torcer pela redução de sua sentença.

Haddad levou sorte: foi inocentado dos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, em geral indissociáveis do caixa 2.