O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva começa a dar forma ao governo com o anúncio dos cinco primeiros ministros, nessa sexta-feira (09). Especula-se que o petista antecipou a nomeação para contornar a pressão de militares.
Na confirmação, Lula disse que tomou a decisão, pois é preciso que algumas pessoas comecem a trabalhar para montar o governo e criar condições para que a estrutura comece a funcionar.
Durante discurso, o representante partidário anunciou o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que assume o Ministério da Fazenda, o atual governador da Bahia Rui Costa (PT) comandará a Casa Civil, o ex-presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio (PTB) vai assumir a Defesa, o senador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PSB), vai comandar a Justiça e o embaixador Mauro Vieira assumirá a pasta de Relações Exteriores.
Ao Lupa1, o cientista político Joscimar Silva explica que esses nomes já eram esperados, principalmente os de Dino e Rui Costa.
“Haddad estava cotado para vários ministérios, inclusive para o Ministério da Educação, cargo que já ocupou”, declara.
Em relação ao senador eleito do Piauí, Wellington Dias (PT), um dos nomes mais cotados para assumir uma das pastas, o especialista pontua que até o momento Dias permanecerá apenas no Senado. A não nomeação do petista pegou uma parcela da população de surpresa. No entanto, Joscimar reforça que Wellington é uma liderança de esquerda ideológica que pode se tornar líder de governo.
“É importante uma figura como ele, especialmente na próxima legislatura onde a bancada da direita terá um número grande de representantes. Wellington Dias pode ser um líder político fundamental para compor uma coligação favorável ao governo Lula”, finaliza.(Isabella Monteiro)