Senador piauiense, que é presidente nacional do partido, ri das especulações e nega. Horas depois, ele se solidarizou com Bolsonaro após indiciamento.
Diante dos recentes rumores de que o Progressistas vai compor a base aliada do governo Lula e apoiar a reeleição do petista em 2026, o presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira, nega a informação.
As especulações dão conta de que o partido ficaria com o Ministério da Saúde, uma das principais pastas do governo federal. Ao ser questionado pela coluna, Ciro Nogueira respondeu inicialmente com “kkkkk”. Em seguida, o senador desmentiu as especulações. “Não é verdade”.
Solidariedade a Bolsonaro
Em meio às especulações de eventual aliança com o PT, Ciro demonstrou publicamente fidelidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Horas depois da notícia de que o PF indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, o senador piauiense usou as redes para apoiar o ex-presidente.
“Há coisas a respeito das quais tenho certeza e uma delas é sobre a inocência de Jair Bolsonaro”, postou no X.
Ainda sobre Ciro…
Quem resolveu fustigar o senador Ciro após o indiciamento de Bolsonaro foi o deputado estadual Fábio Novo (PT), derrotado em 1º turno na eleição para prefeito de Teresina. Em publicação no X, o petista perguntou se Ciro sabia do suposto plano para matar Lula.
Não quer aliança
Fábio Novo também comentou a possibilidade de Ciro compor a base aliada de Lula e, consequentemente, estender a aliança com o governo de Rafael Fonteles no Piauí. Para Novo, o PT não deve querer aliança com o senador do Progressistas.
“Sobre a possibilidade do senador Ciro Nogueira compor a base de apoio do presidente Lula no Congresso e uma ‘aliança branca’ no Piauí. Ciro traiu Lula, Dilma e moldou seu discurso à extrema-direita! Foi o ministro mais importante de Bolsonaro. Ele sabia do plano para matar Lula? Alianças em política tem limites. E na minha avaliação Ciro está fora dos nosso limites!”, escreveu.
Mudou muito rápido
Esse discurso de Fábio Novo já não parece mais o da campanha para prefeito de Teresina, quando ele dizia repetidamente ser um político que dialogava com todos. Também não parece mais aquele que admitiu ser chamado de “Fabionaro” para atrair eleitores do ex-presidente Bolsonaro. (Coluna de Gustavo Almeida)