Por:Zózimo Tavares
A propaganda da coligação governista apregoava, nas eleições passadas, que os senadores Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC) – da bancada da oposição – atrapalhavam o Piauí em Brasília. E dizia mais: para que o Estado tivesse o caminho livre para o desenvolvimento, era necessário que os dois fossem derrotados nas urnas.
Coincidência ou não, o apelo dos governistas foi atendido: os dois senadores oposicionistas não retornaram para Brasília este ano. Para as cadeiras deles, foram eleitos dois governistas, Wellington Dias (PT) e Ciro Nogueira (PP), que se somaram a outro senador que já estava do lado do governo, João Vicente Claudino (PTB). Na política contemporânea, somente no período da ditadura militar o Piauí teve três senadores fechando incondicionalmente com o governo.
No mais, sempre havia um ou dois na oposição. O Estado não deixou de ser maior nem menor por isso. Ao contrário. O que faz um senador ser uma nulidade não é ele ser da oposição e cumprir dignamente o seu papel. É ele ser do governo e não fazer nada.
Pois bem! Um ano depois da mudança, o que o Piauí ganhou, efetivamente, com a troca dos senadores? Que contribuição nova eles trouxeram? Que projeto novo eles trouxeram para o Estado? Que bandeira nova defenderam? O que se vê além de uma voracidade insaciável na defesa de cargos para seus apaninguados?(…)