O senador Marcelo Castro (MDB), ex-ministro de Dilma Rousseff, bem que poderia começar a defender o governo de Jair Bolsonaro no Estado do Piauí.
O motivo? Marcelo integra um prestigiado “grupo VIP” de parlamentares que levou R$ 3,8 bilhões em recursos extras do Ministério do Desenvolvimento Regional (governo federal) no fim do ano passado.
Documentos obtidos por O Antagonista revelam que foram repassados R$ 100 milhões para o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Piauí, cujo diretor-geral é o filho do senador, José Dias de Castro Neto.
A verba, repassada pelo governo de Bolsonaro, por convênios, deve ser oficialmente utilizada na restauração de rodovias que ligam municípios do estado.
No último domingo (16), coincidentemente, o Governo do Piauí anunciou que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do estado realiza obras para a recuperação de rodovias, mediante operação tapa-buraco e recuperação de vias.
Ainda conforme O Antagonista, a alocação das verbas para os estados e municípios foi negociada diretamente com o MDR, então liderado por Gustavo Canuto, sem critério conhecido e em detrimento da maioria dos parlamentares, e tornou-se possível após o Congresso aprovar abertura de créditos extras para ministérios no fim de 2019.
Por falar isso, o Congresso que meter a mão em mais R$ 30 bilhões do orçamento do executivo.
Está explicado
A recuperação de estradas no Piauí só tiveram início mediante recursos liberados pelo governo federal.
Falta o quê, Marcelo?
Marcelo Castro, articulista que é, deveria agradecer publicamente ao presidente Bolsonaro pelo empenho de ajudar o Piauí.
Um pouco de humildade é bom nessas horas.
(Feitosa Costa)