Dados do Anuário de Segurança Pública 2022 apontam que cerca de 3,7 milhões de aparelhos de telefone celular foram roubados ou furtados entre os anos de 2018 e 2021 no Brasil. Além do prejuízo que envolve repor o bem subtraído, está ainda o perigo de cair em outros golpes, como fraudes financeiras (através dos aplicativos de banco) e/ou a exposição e até suborno para o não vazamento de material audiovisual, como fotos e vídeos pessoais.
Os números apontam um ponto crítico da segurança pública nacional, fator que não é diferente no Piauí, onde mais de 11.500 celulares foram roubados apenas em 2022. Recentemente o Governo do estado, através da Secretaria de Segurança Pública, criou o Núcleo de Apoio à Repressão de Roubos e Furtos de Aparelhos Eletrônicos (NARFF). Com a novidade, o OitoMeia buscou saber como funcionará a repressão aos roubos de celulares no Piauí, sobretudo em Teresina.

Ao OitoMeia, a delegada de Polícia Civil Adília Klein, que também é coordenadora do complexo de delegacias especializadas e coordenadora do NARFF, explicou que criação do núcleo é visando dar um maior apoio a todas as unidades policiais que já fazem o combate e a investigação de roubo e furto de celulares e outros aparelhos eletrônicos.
“Além de dar esse apoio, o NARFF tem outra finalidade que é aprofundar algumas investigações relacionadas a essa infração penal. Por quê? Hoje em dia, aqui em Teresina e no Piauí como um todo, o aparelho celular é um dos objetos mais visados pela criminalidade quando se fala em roubo e furto”, argumenta.

A coordenadora pontuou ainda que além subtração de aparelhos de telefones celulares (dano material), a vítima também fica suscetível aos mais variados tipos de golpes e outros transtornos, crimes que a Polícia Civil terá o desafio de solucionar.
“E o cidadão hoje tem no aparelho celular bastante coisa, como aplicativo de banco, redes sociais e uma vida. Muitas pessoas trabalham com celular. Então assim, causa um prejuízo não só financeiro para as pessoas, quanto um prejuízo às vezes social, porque a pessoa fica comprometida com a sua relações sociais”, relatou.(Ezequiel Araújo)