Considerado ponto crítico, roubos de celulares recebem atenção especial no Piauí

Dados do Anuário de Segurança Pública 2022 apontam que cerca de 3,7 milhões de aparelhos de telefone celular foram roubados ou furtados entre os anos de 2018 e 2021 no Brasil. Além do prejuízo que envolve repor o bem subtraído, está ainda o perigo de cair em outros golpes, como fraudes financeiras (através dos aplicativos de banco) e/ou a exposição e até suborno para o não vazamento de material audiovisual, como fotos e vídeos pessoais.

Os números apontam um ponto crítico da segurança pública nacional, fator que não é diferente no Piauí, onde mais de 11.500 celulares foram roubados apenas em 2022. Recentemente o Governo do estado, através da Secretaria de Segurança Pública, criou o Núcleo de Apoio à Repressão de Roubos e Furtos de Aparelhos Eletrônicos (NARFF). Com a novidade, o OitoMeia buscou saber como funcionará a repressão aos roubos de celulares no Piauí, sobretudo em Teresina.

Celulares que foram recuperados e que serão devolvidos (Foto:Ricardo Morais/OitoMeia)

Ao OitoMeia, a delegada de Polícia Civil Adília Klein, que também é coordenadora do complexo de delegacias especializadas e coordenadora do NARFF, explicou que criação do núcleo é visando dar um maior apoio a todas as unidades policiais que já fazem o combate e a investigação de roubo e furto de celulares e outros aparelhos eletrônicos.

“Além de dar esse apoio, o NARFF tem outra finalidade que é aprofundar algumas investigações relacionadas a essa infração penal. Por quê? Hoje em dia, aqui em Teresina e no Piauí como um todo, o aparelho celular é um dos objetos mais visados pela criminalidade quando se fala em roubo e furto”, argumenta.

Coordenadora do complexo de delegacias especializadas e do NARFF, delegada Adília Klein (Foto: Ezequiel Araujo/OitoMeia)

A coordenadora pontuou ainda que além subtração de aparelhos de telefones celulares (dano material), a vítima também fica suscetível aos mais variados tipos de golpes e outros transtornos, crimes que a Polícia Civil terá o desafio de solucionar.

“E o cidadão hoje tem no aparelho celular bastante coisa, como aplicativo de banco, redes sociais e uma vida. Muitas pessoas trabalham com celular. Então assim, causa um prejuízo não só financeiro para as pessoas, quanto um prejuízo às vezes social, porque a pessoa fica comprometida com a sua relações sociais”, relatou.(Ezequiel Araújo)

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.