De olho no novo rico

Por: Arimatéia Azevedo
Ontem, em programa jornalístico nacional, a tevê mostrava que a partir de agora a Receita Federal vai bater à porta do sujeito que exibir sinal exterior de riqueza. A vigia começa pelas redes sociais, pois, já existe um setor na Receita especificamente para isso. Na hora que ver o sujeito (ou a mulher) se exibindo em carros importados, em mansões ou apartamentos, o fiscal vai checar para saber quem é o dono. Se o bacana que estiver na festa não for o legítimo proprietário, vai se dar mal. 
Dias atrás a coluna sugeriu que a Receita Federal fizesse uma blitz, juntamente com Strans ou Detran, para parar os carrões de luxo, caríssimos, que circulam em Teresina. Na hora da abordagem daria para ver se o condutor seria o mesmo cujo nome consta do documento. O que se vê muito são políticos que não tem sequer CPF andando em carros caríssimos, morando em apartamentos luxuosos, mas tudo em nome dos famosos ‘laranjas’. A Receita quer pegar também o ‘laranja’ em cujo nome são registradas verdadeiras fortunas, mas eles não têm nada, moram mal e sequer carros possuem. E não precisa o fiscal ir muito longe. Basta catalogar os nomes dos membros das equipes dos governos e das prefeituras dos últimos 20 anos para ver como eles entraram e em que condição saíram. Endinheirados da noite para o dia, eles se metem em negócios que antes nunca ousaram, porque não podiam, do tipo, montar lojas de marcas para si ou para as esposas, passar a ser criador de gado e desfilar em carros caríssimos. 

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