De quem é a culpa? (não é sobre a música de Marília Mendonça)

Pode ser uma imagem de hospital e texto que diz "UNIRIM UNIR CPEAA ACeCP ABлTR VIt PRESENTE ANUAL DE NATAL DO ESTADO FALTA D'ÁGUA PARA OS PACIENTES DE HEMODIÁLISE EM PARNAÍBA op"A “culpa” oficial foi uma instabilidade de energia elétrica, segundo a concessionária Águas do Piauí, que enviou um caminhão-pipa, oferta gentilmente recusada pela clínica, porque, né, água no caminhão pipa não combina com tratamento de saúde de alto risco.
Lembra da Agespisa, aquela companhia pública que já protagonizava racionamentos, falta d’água em bairros e historicamente um serviço capenga no Piauí? Pois é, mesmo antes da saída do palco, o repertório incluía cortes e reclamações frequentes.
Agora, com a privatização sendo aplaudida como solução mágica pelo governador Rafael Fonteles, a tal Águas do Piauí (herdeira da concessão) está aí para provar que não existe milagre corporativo: piorando aquilo que já era ruim e transformando a escassez em espetáculos de fim de ano.
Isso porque estamos falando de um problema mais sério que afeta diretamente uma unidade importante é que atende pessoas que necessitam da hemodiálise.
A hemodiálise não funciona apesar da água. Ela funciona por causa da água. Cada sessão usa centenas de litros de água ultrapurificada para limpar o sangue de quem já não consegue fazê-lo sozinho. Sem água, não há máquina. Sem máquina, não há tratamento. Sem tratamento, há risco real de morte.
Quando falta água, não é “transtorno”. É interrupção de vida. Quando uma clínica fecha por desabastecimento, não estamos falando de conforto urbano, mas de colapso sanitário. Mas, é natal, feliz Natal. Para quem? (Fonte:Opinião Parnaíba/facebook)

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.