A investigação federal da Operação Pastor, no Piauí, iniciada na Prefeitura de Dom Inocêncio, já se estende para mais municípios da região de São Raimundo Nonato e até para outros estados. O grupo criminoso que seria liderado pelo ex-prefeito Inocêncio Leal estaria atuando há mais de uma década. Um dos presos, o empresário Edgar Vaz Neto (ex-vereador de Porto) já declinou sua vontade em fazer deleção premiada e negocia com o Ministério Público Federal para ter sua pena reduzida.
Nesta quarta-feira (21), policiais federais cumpriram mandados de prisão, de conduções coercitivas, e de buscas e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de São Raimundo Nonato, para execução nos municípios de Teresina, São Raimundo Nonato, Dom Inocêncio e no Distrito Federal.
Patrício da FonsecaO procurador federal Patrício da Fonseca informa que o bando criminoso “inventava obras fantasmas”, simulava e superfaturava reformas de escolas, hospitais, cisternas, compra de ônibus escolares e recebia recursos federais, através da Funasa e Codevasf.Com a apreensão de documentos na Operação Pastor, a Polícia Federal prolonga o raio de abrangência das investigações e trabalha em silêncio. Não descarta, porém, o pedido de prisão de novas pessoas.
Já estão recolhido a Casa de Custódia de Teresina o ex-prefeito Inocêncio Leal, os empresário Décio de Castro e Edgar Vaz da Costa Neto.Ao todo foram cumpridos 27 mandados na Operação Pastor. Foram oito prisões (duas preventivas, seis temporárias), cinco conduções coercitivas e 14 mandados de busca e apreensão.Os federais dizem apenas que novos nomes estão surgindo ao passo que a investigação anda.