Depois de 6 anos, nada mudou para as vítimas de Algodões

        Corsino Medeiros dos Santos, presidente da Avaba: luta para famílias receberem indenização do Estado
Passados seis anos do rompimento da barragem de Algodões I, tragédia que aconteceu em 27 de maio de 2009, a vida de milhares de vítimas ainda não voltou ao normal. As 775 famílias, moradoras dos municípios de Cocal e Buriti dos Lopes, localidades mais atingidas, aguardam até hoje uma posição do Governo do Estado sobre as indenizações para que possam reconstruir suas vidas e histórias. O rompimento resultou na morte de 24 pessoas (nove de imediato, uma desaparecida e mais 14 de doenças e problemas decorrentes da tragédia) e deixou 6 mil pessoas desabrigadas.   
Segundo o presidente da Associação das Vítimas e Amigos de Vítimas da Barragem Algodões (Avaba), Corsino Medeiros dos Santos, enquanto o governo estadual não entrar em acordo judicial com as vítimas não haverá chance real de reconstrução para os atingidos. “Estamos à espera fundamentalmente de que o governador (Wellington Dias) seja acessível a uma negociação para resolver em definitivo a questão das indenizações. Nós já pedimos desde janeiro, por escrito, uma audiência com o Governo do Estado e até hoje não nos foi concedida essa audiência”, informou.
De acordo com ele, apenas o pagamento das pensões no valor de R$ 60,00 para adulto e R$ 30,00 por criança/adolescente menor de 18 anos, acrescidos de mais R$ 58,00 por unidade familiar, não resolve o problema, mas apenas permite que os atingidos possam sobreviver. Corsino explicou também que a normalização do pagamento das pensões por via judicial aliviou a situação das famílias atingidas.
“Não é uma situação cômoda, mas está um pouco mais tranquila na medida em que a pensão está sendo paga em dia desde janeiro deste ano, mas ela está sendo paga em dia não é por vontade própria do governador do Estado não, é através de uma pressão judicial. Todo vez que foi para se pagar, nós tivemos que recorrer à Justiça, tem que se fazer sequestro de dinheiro, é um trabalhão danado!” diz o presidente da Avaba.

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