O deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) parece mesmo decidido a não voltar para a base de Wellington Dias (PT). O MDB, partido aliado ao petista, até tentou convencer o parlamentar, mas em vão.
Evaldo foi procurado por emedebistas nesta semana; a intenção foi fazer com que o deputado integrasse os quadros do partido, tendo em vista que o PTC, por não ter atingido a cláusula de barreira, será extinto.
“Convidamos o Evaldo. Ele ainda vai ver o que é melhor, mas o convidamos. O convite foi agora, depois da notícia de que o partido dele seria extinto. Se ele quiser vir, não tem problema; o MDB aceita com maior prazer”, disse o deputado estadual reeleito João Madison (MDB).
Em entrevista ao Portal AZ, Gomes confirmou o convite, mas frisou que não pensa na possibilidade de mudar de legenda. A única alternativa em mente, segundo o parlamentar, é articular a fusão do PTC com Patriota e formar um só partido para se manter na oposição. O desfecho acontecerá no próximo mês, anunciou ele.
“Nós recebemos convite do MDB e de outros partidos, mas o nosso caminho já está traçado, decidido, que é uma fusão com o Patriota nacional. Estamos dialogando a nível nacional e estamos esperando apenas uma reunião para decidir sobre os detalhes da fusão entre esses dois partidos. Planejamos uma convenção para novembro. A gente, com certeza, ficará nesse novo partido, que terá o nome de Patriota”, declarou Evaldo.
Apesar de ter saído de forma abrupta da base governista, depois de mal-estar com o governador, Evaldo garantiu que não fará enfrentamento ao executivo estadual na Assembleia Legislativa.
“Não estou em busca de fazer enfrentamento com o governo. Seria o parlamentar que sempre fui: vigilante, fiscal da população, e estou aberto ao diálogo com quem quer que seja. Temos que respeitar o resultado das urnas; as urnas deram 54% de voto para o governador”, disse Gomes.
O racha entre PTC e Wellington Dias aconteceu há pouco mais de 2 meses das eleições. O partido buscava apoio do petista para conseguir lançar uma chapinha visando disputar a eleição proporcional, no entanto, não teve o pleito atendido. Depois da dissidência, Evaldo resolveu apoiar o senador Elmano Férrer (Podemos) na disputa pelo governo do Estado.