Humberto Coelho, presidente da Fundação Antares
Sem equipamentos para fazer transmissão digital (HD), a TV Antares, único canal público do estado, está fora do ar e vai permanecer assim por, no mínimo, 30 dias, conforme previsão do presidente da Fundação Antares, o jornalista e radialista Humberto Coelho.
Nesta terceira gestão de Wellington Dias, a Fundação tem enfrentado muias dificuldades, inclusive para pagar seus funcionários que já fizeram uma greve para cobrar salários dignos e a aprovação do Plano de Cargos e Salários, que foi aprovado pela Assembleia Legislativa este ano.
Funcionando precariamente, a TV Antares não tem recebido do governo petista a devida a atenção e há quem aposte que estaria próximo de fechar as suas portas definitivamente.
Embora o presidente da Fundação Antares tenha justificado que questões burocráticas e a greve dos caminhoneiros tenham contribuído para atrasar a chegada dos novos equipamentos, há informações de que na verdade os equipamentos não foram sequer comprados ainda e nem há previsão de quando isso será feito.
Quando era presidida pelo jornalista Rodrigo Ferraz, na segunda gestão petista, a Fundação Antares teve maior atenção do governo e, se não renovou os equipamentos da TV e da Rádio Antares, pelo menos pagou o piso salarial do jornalista e não atrasou pagamentos como acontece agora.
Há denúncias de que pessoas estranhas aos quadros da Fundação recebem salário elevados para não trabalhar. O fato foi denunciado pelos sindicatos dos Radialistas e dos Jornalistas, mas, pelo que consta, nenhuma providência foi adotada para sanar a irregularidade.
Lamentável o descaso do governo estadual com a TV e Rádio Antares. Enquanto transfere somas fabulosas de recursos para empresas privadas de comunicação, via Coordenadoria de Comunicação (Ccom), deixa a míngua a Fundação Antares.
Com funcionários desestimulados e equipamentos obsoletos, não surpreendeu a ninguém que, com o fim do processo analógico, a TV Antares tenha saido do ar por falta de equipamentos para transmissão digital.