Deu no Blog do Jefferson:

Sem descanso pra vassoura
As principais revistas trouxeram neste final de semana denúncias contra nada menos que quatro ministros, que terão muito a explicar nos próximos dias e que passam a disputar com Pedro Novais lugar de destaque no paredão. Na Veja, Mario Negromonte é acusado de distribuir “mensalinho”. Na Istoé, grampos expõem atuação nada republicana de Ideli com político preso por pedofilia. Já a Época denuncia que o casal Paulo Bernardo e Gleisi se utiliza de jatinhos de empreiteiros. A semana promete ser quente. Varre, vassourinha! 
Tempestade à vista
De todas as matérias contra ministros do governo Dilma, publicadas neste fim de semana, a que tem potencial mais explosivo é a da “Época”. E não apenas por envolver de uma só vez dois ministros fortes  da Esplanada (o casal Paulo Bernardo, do Planejamento, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil), mas principalmente por ser uma denúncia que pega no peito do PT. De acordo com a “Época”, os ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann seriam usuários de jatinhos particulares emprestados pela construtora Sanches Tripoloni, a mesma que fez doações para a campanha da ministra ao Senado e que recebeu ajuda de Bernardo para que o governo liberasse verbas à obra que realiza no Contorno Norte de Maringá. Essa obra, aliás, foi condenada pelo TCU, por problemas graves como superfaturamento de preços pela construtora Sanches Tripoloni. O casal ministerial vai ter muito a explicar.
Pela bola sete
A denúncia da “Época” surge quando o ministro Paulo Bernardo mal havia se recuperado da saraivada de críticas que recebeu por ter deixado claro, em entrevista, sua preferência pela candidatura de Lula em 2014. O problema para o Palácio do Planalto é ter que, nesse caso especial, dar uma vassourada dupla, atingindo de roldão uma das ministras que conta com a rara confiança da presidente. Se o envolvido fosse só Bernardo (um dos mais fiéis a Lula), certamente ele já poderia ir arrumando as gavetas.
Pedindo pra ser vassourado
Já a revista “Veja” revela que o ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), em guerra aberta com uma parte da legenda pelo controle do partido, estaria aproveitando os programas e recursos de sua pasta para tentar cooptar apoios a seu favor. A revista expõe relatos de deputados que foram convocados para reuniões no Ministério, e que receberam oferta de um “mensalinho” de R$ 30 mil em troca da adesão e fidelidade ao grupo.
A história ainda está na base do disse-me-disse, mas Negromonte há semanas está na lista de preferências de Dilma para receber uma vassourada. Recentemente, o ministro balançou quando a “Isto É” denunciou que o tesoureiro do partido, Leodegar Tsicoski, também secretário do Ministério, liberava recursos para obras consideradas irregulares pelo TCU, supostamente favorecendo empreiteiras que contribuem para suas campanhas. Com mais essa agora da “Veja”, cresce novamente a cotação de Negromonte como número 1 na bolsa de apostas da faxina.

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