Charge do Zé Dassilva (NSC Total)
Roberto Fonseca
Correio Braziliense
A discussão sobre a obrigatoriedade em relação ao uso das máscaras ganhou força nos últimos dias. Sonho antigo do presidente Jair Bolsonaro, o fim da exigência do equipamento de proteção se aproxima, com algumas capitais estabelecendo metas de pessoas com o esquema vacinal completo contra a covid-19. Em Florianópolis, o índice é de 80% com as duas doses. Aqui, no DF, tudo indica que será 70%.
Mais uma vez, como ocorre desde o início da pandemia, será um embate entre a classe política e os pesquisadores. Todos sabem que a curva de casos e mortes provocadas pelo novo coronavírus está em queda e a grande questão é quando o “liberou geral” será permitido.
EXEMPLO DOS EUA – Hoje, o que vemos nas ruas é uma queda constante no uso de máscaras. E os próprios imunologistas reconhecem que a medida pode ser viável em algumas situações ao ar livre.
O mais importante neste momento é não errar o timing da medida. O exemplo dos Estados Unidos precisa ser levado em conta. A pressa dos americanos em abolir o uso da máscara é apontada como um erro, tanto que eles precisaram recuar e, novamente, adotaram a exigência por causa da variante delta.
Então, cautela é fundamental.
EM AMBIENTES FECHADOS – Considero essencial que a obrigatoriedade permaneça em ambientes fechados, principalmente, em centros de comércio com ampla circulação e em locais que provoquem aglomerações.
Sairemos da pandemia com inúmeras lições, principalmente nas relações humanas. Mas descobrimos também que as máscaras funcionam, não custam caro e previnem a transmissão da covid-19. Então, continue usando. Não custa nada. Ser o do contra é passar a todos a imagem de bobo da corte.