Por:Zózimo Tavares(*)
O governador Wellington Dias viajou aos Estados Unidos a pretexto de negociar “recurso de US$ 900 milhões junto ao Banco Mundial para investimentos em infraestrutura, segurança, educação, turismo, desenvolvimento rural e regularização fundiária para o Piauí”, conforme nota do Governo do Estado.
A nota dá conta ainda que o governador ressaltou que o objetivo de sua viagem é cumprir uma agenda administrativa, participando de reuniões com dirigentes do Banco Mundial, da Câmara de Desenvolvimento do Brasil e Estados Unidos e do Banco Interamericano.
Prossegue a nota palaciana distribuída às redações: “Uma das pautas da reunião é tratar da retomada do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) nos estados do Nordeste. ‘Com o Banco Mundial, vou tratar do investimento, já autorizado, para trazer recursos para educação, segurança, saúde, desenvolvimento rural e infraestrutura. Pretendo tratar também de investimentos em agronegócio, energias renováveis e gás e petróleo na Bacia do Parnaíba’, explicou Dias.”
As informações sobre a viagem do governador aos Estados Unidos ou estão um tanto truncadas ou estou com dificuldade de entender a situação. Se o governador está lá atrás de dinheiro, naturalmente esse dinheiro deve sair – se sair – através de empréstimo. Para tanto, o Piauí deve receber autorização do Senado. Não há informação de que o Estado tenha recebido autorização recente nesse sentido.
Outra: é curioso que, numa missão oficial, o Palácio de Karnak não tenha liberado a agenda do governador, nominando as autoridades norte-americanas com as quais ele vai se encontrar e as datas e os locais dos encontros, bem como os assuntos a serem tratados. Todo chefe de Estado divulga sua agenda quando faz uma viagem oficial.
No mais, é torcer para que a viagem do governador seja efetivamente exitosa. Já que no Brasil as fontes secaram, especialmente depois dos cortes orçamentários decorrentes do ajuste fiscal decretado pelo governo federal, que ele consiga fora os recursos que minguaram no país. E também que, em conseguindo trazer os dólares norte-americanos, seu governo possa aplicá-los corretamente no desenvolvimento do Piauí.