José Wellington Dias
Sábado a noite um jovem e apaixonado cabo eleitoral da candidatura de Fábio Novo despachava para as redações as fotos sobre o encontro (jantar) do governador Welington Dias e do prefeito Firmino Filho com 19 deputados estaduais. O encontro foi bem longe dos atapetados gabinetes palacianos. Bem informais, eles bebiam e comiam no Kanekas e, depois no Carmen Chef, antigo Melodia. Como se vê, bem informais, portanto. E a conclusão era de que a eleição de Fábio Novo estava consagrada. Afinal, nessas contas, o adversário, Themistocles Filho sairia arrasado da disputa com apenas 11 votos. Ou até menos. O jovem matemático de Fábio Novo contabilizaria mais votos. Talvez contagiado por esse otimismo todo o governador Wellington Dias (PT) e o prefeito Firmino Filho (PSDB) tenham ido dormir de sábado para domingo cientes de que Fábio Novo teria pelo menos 19 votos na disputa da presidência da Assembleia Legislativa. Seria uma lavada. Como se vê, a vida não anda como a gente quer. Menos de 12 horas depois, Wellington e Firmino (Fábio também) descobriram, no fim da contagem dos votos, que entre os que com eles jantavam no sábado, havia cinco traidores. Durante todo o processo se dizia que entre os 30, quatro seriam inconfiáveis, vendiam e não entregavam a mercadoria. Quem seria o quinto? Superaram Jesus Cristo que, em evento parecido, a Santa Ceia, tinha apenas um, o judas. (perdão pela comparação). E não consta nas escrituras sagradas que Jesus tenha negociado cargos, nomeado seus comensais para postos em sua equipe. Pior de tudo é que a desconfiança geral só aponta numa única direção: os traíras estariam no grupo que ganhou benesses no executivo. E agora, José Wellington?
Por:Arimatéia Azevedo
Edição:Bernardo Silva
    