E o PSF, cadê?

O país todo envolve-se em uma discussão sobre a vinda de médicos estrangeiros para o país – uma ideia atacada ferozmente pelas entidades corporativas dos doutores brasileiros. Passa ao largo da discussão, no entanto, o Programa Saúde da Família, que no governo é encarado sob o pomposo nome de “estratégia saúde da família”, criado em 1994, no governo do presidente Itamar Franco. A proposta é simples: ter equipes multiprofissionais, com agente comunitário de saúde, enfermeiro, médico e dentista, para atendimento de toda a população, sobretudo, os mais pobres. Era para tirar o caráter hospitalar da saúde pública brasileira, reduzir gastos, melhorar qualidade de vida. Implicaria ainda em estabelecer pelo menos um médico morando em cada cidade. 
Ocorre é que o programa foi desvirtuado. Primeiro porque não se faz a decência de concurso para que os profissionais tenham segurança jurídica, segundo porque se cometem irregularidades – sendo a mais comum dela um médico prestar serviços em dois ou mais municípios. Por fim, o programa está sujeito a uma gestão local que, malfeita ou mal conduzida, termina por jogar na lata do lixo uma proposta muito correta de agir preventivamente com ações básicas de saúde. Com efeito, importar médicos estrangeiros é apenas mais uma tolice de um governo que se perdeu por fiscalizar menos do que deveria.Por:Arimatéria Azevedo

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