A briga de foice dos governistas
A matemática da eleição de 2026 já anuncia um cenário de forte tensão. Hoje, das 30 vagas da Assembleia Legislativa do Piauí, o governo controla 28 cadeiras — exceção feita apenas a Bessah Sá e Gustavo Neiva. Com a redução para 24 vagas, significa que 4 governistas já entram derrotados de saída, sem espaço garantido na próxima composição.

Os 4 da oposição
Mesmo enfraquecida, a oposição deve conquistar pelo menos 4 cadeiras, repetindo a média histórica antes de ser reduzida a apenas dois nomes após a divisão nas eleições municipais de 2024.
Governo perde
Na prática, isso deixará 20 vagas em disputa para os aliados do governo, o que inevitavelmente provocará um embate interno. Em outras palavras: dos atuais 28 deputados governistas, 8 já começam a corrida “amarrados no rabo da porca”, como se diz no jargão político.
Os adesistas
Quem deve sentir mais o peso dessa conta são justamente os parlamentares que abandonaram a oposição para aderir ao governo em troca de cargos e favores. Se tivessem permanecido no campo oposicionista, teriam maiores chances de reeleição. Agora, espremidos na base, vão disputar voto a voto contra seus próprios colegas.
Sem chance
Um exemplo é o de Gracinha, que, caso tivesse mantido posição na oposição, poderia estar entre os quatro com chance de vitória. Hoje, sua sorte está vinculada à incerteza de uma base governista superlotada e em disputa interna.

Briga de foice
O resumo é duro: a eleição será uma briga de foice no escuro, e muitos governistas sairão feridos. (Portalaz)