Escritor Humberto de Campos( In Memoriam) receberá Cidadania Parnaibana

Vereador Reinaldo Filho, autor da proposta

POR: BERNARDO SILVA

O prefeito de Parnaíba, Mão Santa, sancionou na semana passada o projeto de lei de autoria do vereador Reinaldo de Castro Santos Filho, que concede o título de Cidadão Parnaibano ao falecido escritor maranhense Humberto de Campos, que durante algum tempo residiu em Parnaíba, onde deixou como legado um Cajueiro por ele plantado e que é citado em vários livros da autoria do escritor. 

Humberto de Campos, que teve  várias obras suas publicadas após sua morte, através da psicografia de Chico Xavier, receberá a homenagem “pelos seus relevantes serviços prestados à cidade de Parnaíba”, conforme consta do projeto.

Há quem diga, entretanto, que seria também interessante o Poder Público não esquecer de que o Cajueiro de Humberto de Campos deveria ser realmente um ponto turístico da cidade, aberto para visitações. Entretanto, o local, conhecido internacionalmente, vive fechado e só é lembrado apenas em outubro, quando as casas Espíritas a cidade promove a Semana Espírita Humberto de Campos. Na época o local é visitado.

HUMBERTO DE CAMPOS

Humberto de Campos (H. de C. Veras), jornalista, crítico, contista e memorialista, nasceu em Miritiba, hoje Humberto de Campos, MA, em 25 de outubro de 1886, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de dezembro de 1934.

Foram seus pais Joaquim Gomes de Faria Veras, pequeno comerciante, e Ana de Campos Veras. Perdendo o pai aos seis anos, Humberto de Campos deixou a cidade natal e foi levado para São Luís. De infância pobre, desde cedo começou a trabalhar no comércio como meio de subsistência, passou boa parte da infância e adolescência em Parnaíba, Piauí. Dali, aos 17 anos, passou a residir no Pará, onde conseguiu um lugar de colaborador e redator na Folha do Norte e, pouco depois, na Província do Pará. Em 1910 publicou seu primeiro livro, a coletânea de versos intitulada Poeira, primeira série. Em 1912 transferiu-se para o Rio. Entrou para O Imparcial, na fase em que ali trabalhava um grupo de escritores ilustres, como redatores ou colaboradores, entre os quais Goulart de Andrade, Rui Barbosa, José Veríssimo, Júlia Lopes de Almeida, Salvador de Mendonça e Vicente de Carvalho. João Ribeiro era o crítico literário. O diretor José Eduardo de Macedo Soares participava da segunda campanha civilista. Humberto de Campos ingressou no movimento. Mas logo depois o jornalista militante deu lugar ao intelectual. Fez essa transição com o pseudônimo de Conselheiro XX com que assinava contos e crônicas, hoje reunidos em vários volumes. Assinava também com os pseudônimos Almirante Justino Ribas, Luís Phoca, João Caetano, Giovani Morelli, Batu-Allah, Micromegas e Hélios. Em 1923, substituiu Múcio Leão na coluna de crítica do Correio da Manhã.

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