Por:Arimateia Azevedo
Pela segunda vez o capitão-deputado federal Fábio Abreu assumirá o comando da Segurança Pública do Piauí no cargo de secretário de Segurança, no qual pomposamente será empossado hoje, numa solenidade para o qual ele próprio distribuiu convites, através das redes sociais.
Abreu, que mesmo fora do cargo, de abril do ano passado até agora, mantém lá domínio territorial, retorna ao posto com as mãos abanando ou apenas com o projeto de melhorar sua imagem para ser candidato a prefeito de Teresina em 2020. A não ser que a partir da leitura deste texto ele improvise um plano de segurança pública, não é exagerado dizer que seu retorno vai ser mais do mesmo.
O Piauí, sobretudo Teresina, vive uma onda de assaltos, principalmente pequenos assaltos as pessoas que andam de ônibus, transitam na periferia e a polícia, apesar dos esforços de da grande maioria dos policiais civis e militares, encontra-se à beira da UTI. Totalmente sequelada, sem a estrutura mínima até para fazer o policiamento ostensivo (da PM) e o investigativo, da Civil, porque não pagaram o posto de combustíveis.
Ontem mesmo viralizava nas redes sociais um vídeo de uma viatura da policia militar no prego de gasolina e os policiais atrás, empurrando. Estavam todos sentindo ‘vergonha alheia’, pois a culpa daquele descalabro seguramente não é deles, mas do gestor relapso, negligente. E, por existir esse estado de quase calamidade pública no setor de segurança é que já não mais se acredita que esse tipo de prática de política possa resultar em melhora para a sociedade. A segurança pública virou território eleitoral de um dono só e moeda de troca para as acomodações de aliados do governo. Preocupação com o bem da coletividade, nem tanto.