Fazer de conta

Por: Arimatéia Azevedo

Wellington Dias criou nove “coordenadorias estratégicas” na administração pública estadual. Todo o governo se esfalfa para desfazer a ideia muito consolidada de que está trafegando na contramão do rigor fiscal tão necessário em tempos de falta crônica de dinheiro. O governo não consegue convencer as pessoas de que as coordenadorias serão compostas da realocação de cargos de confiança (DAS) já existentes na estrutura administrativa, a qual poderia e deveria ser enxugada, mas segue do mesmo tamanho, com uma readequação justificada para a melhoria do desempenho. Bom, mas se assim é, deveriam fazer conta. Um exemplo é a Coordenadoria de Infraestrutura Aeroportuária, um nome pomposo para algo inexistente. O único aeroporto com regular operação no Piauí, o de Teresina, vem dando seguidos prejuízos. No ano passado, teve um saldo negativo de R$ 1,5 milhão. É dinheiro insuficiente, por exemplo, para um serviço de readequação da pista e reconstrução do teto da casa de passageiros, cuja estrutura metálica pode ruir se nada for feito. Outro aeroporto pertencente à Infraero, o de Parnaíba, também segue como fonte de prejuízo. Então, o que vai fazer um gestor de estruturas usadas sazonalmente e que só geram despesas num Estado sem dinheiro? Nada pode ser a opção mais próxima do certo a ser feito.

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