Fiscalização engessa a campanha eleitoral

Comenta o jornalista Zózimo Tavares em sua coluna:”Todos chiam contra a rigorosa fiscalização da campanha eleitoral. Os candidatos se sentem numa “camisa-de-força”. Os institutos de pesquisa, também. Os veículos de comunicação reclamam que o rigoroso controle da lei eleitoral sobre eles restringe o debate público de ideias. Prega-se a necessidade de se atualizar as regras eleitorais em um cenário onde a internet e as redes sociais ganham cada vez mais relevância em uma eleição.

Não seria exagero afirmar que praticamente só falta à legislação eleitoral proibir o candidato de pedir voto. “Na Lei Eleitoral, segundo interpretação do MPE, não pode isso, não pode aquilo, nem isso e nem aquilo, enfim. Nada pode! Campanha, nem pensar!!”, reclamou pelo Twitter o ex-deputado Leal Júnior, candidato a prefeito de Uruçuí pelo PSB.
Para ele, “neste período eleitoral, os candidatos que deveriam estar nas vitrines estão escondidos no quarto, e os representantes do Ministério Público Eleitoral na mídia”. De fato, este é o momento de o candidato sair à rua e expor suas idéias e projetos, é o momento que deveria ser abundante em discussão e debate aberto.
Se há uma legislação eleitoral tão restritiva, os próprios políticos são responsáveis por isso. Afinal, por que até hoje o Brasil não promoveu a reforma política, como se sabe, o ponto de partido para as demais reformas? Não se fez isso porque o quadro que aí está é o que atende satisfatoriamente o jogo de interesses dos que estão no poder.
Houvesse, também, um eleitor mais esclarecido e seguramente seria dispensável a aplicação de regras eleitorais tão coercitivas no Brasil(…)

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