Garçom devolve R$ 8mil encontrado em bar e é homenageado pelos colegas

Ontem, justamente no dia Mundial contra a Corrupção, uma história mostrada no Jornal Cidade Verde chamou a atenção pelo exemplo de honestidade. O personagem dessa história é  Yuri Darlan, um homem simples, que trabalha como garçom em um bar da zona leste de Teresina. No último fim de semana, depois de uma noite de trabalho, já cansado, enquanto limpava o estabelecimento, ele encontrou no chão uma quantia de quase R$ 8 mil. Para ele, que é pai de dois filhos e sonha em construir uma casa para a família, esse é um valor considerável.

E o que fez Yuri? Sem pestanejar, dirigiu-se ao proprietário do bar, que conseguiu identificar o dono do dinheiro por meio das câmeras eletrônicas. O dinheiro foi devolvido. Mas o gesto de Yuri não passou despercebido no local onde ele trabalha. Ontem, Yuri foi recebido com bolo e parabéns por sua atitude.

Para juntar o mesmo valor que encontrou no chão e fez questão de devolver prontamente, Yuri precisaria trabalhar seis meses seguidos. Mas o caráter de uma pessoa não é medido pelo valor monetário. De R$ 1 a R$ 1 milhão, não importa a quantia, dinheiro alheio deve ser entregue a quem de direito. Uma lição que deveria ser seguida por tantos gestores públicos que ainda insistem em lesar o Erário, desviando dinheiro destinado à  saúde ou  educação.

Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação indica que a corrupção rouba 8% de tudo que é arrecadado no país, algo em torno de R$ 160 bilhões por ano. Dito de outra forma, o dinheiro desviado dos cofres públicos corresponde a 29 dias de trabalho do cidadão brasileiro. Por isso é que uma atitude que deveria ser vista como absolutamente normal, como a do Yuri, precisa ser divulgada e festejada.(Cláudia Brandão)

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