O deputado estadual Georgiano Neto se licenciou da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) por 121 dias, justamente no mês em que a Casa entra em recesso parlamentar , ou seja, quando os deputados já contam com cerca de um mês de folga no calendário legislativo.
A justificativa oficial para a licença é o tratamento de assuntos particulares. Com o afastamento, Georgiano deixa de receber o salário de cerca de R$ 35 mil, mas o custo para os cofres públicos continua alto: seus assessores parlamentares seguem nomeados, gerando uma despesa estimada em R$ 200 mil durante o período da licença. Quem assume a vaga é a suplente Vanessa Tapety, que já esteve no mandato nesta legislatura.
Ela retorna à Alepi com direito a nova equipe de assessoria, o que representa mais um acréscimo nas despesas do chamado “parlamento do povo”, ainda que menor do que o custo do gabinete do titular. Críticas a esse tipo de manobra são frequentes, mas vale lembrar: Georgiano e Vanessa não inventaram essa roda. A prática de licenças durante o recesso, com a entrada de suplentes e manutenção de estruturas paralelas, é antiga , e cara. (Silas Freire)