Prefeito e a primeira-dama Ringlasia, presos na Operação Bacuri, do Gaeco
Por Rômulo Rocha – Do Blog Bastidores
“DIÁRIAS EXCESSIVAS”
O prefeito afastado de Bertolínia, preso na Operação Bacuri, deflagrada pelo GAECO, também é suspeito de ter feito uma farra com diárias no município usando recursos públicos. Ao todo, foram gastos exatos R$ 502.198,00 só no ano de 2017. A informação consta de um relatório de fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Só o gestor, no ano de 2017, deu a si mesmo 147 diárias. Os auditores ressaltam que “dos 251 dias úteis do ano (não considerados feriados municipais) o Sr. Prefeito Municipal ficou ausente do município 146 dias, permanecendo na sede apenas 105 dias úteis no ano”.
Os auditores também ressaltam que analisando a tabela que segue logo abaixo, “verifica-se que os valores das diárias em alguns casos ultrapassam os valores pagos a título de salário/subsídio e em outros, superam 50%”. Um mecânico, o senhor Rodrigo de Sousa Pereira chegou a receber R$ 21 mil em diárias, mais do que o próprio salário/subsídio recebido.
A mãe do prefeito, Eliane Maria Alves da Fonseca, também recebeu mais diárias do que o subsídio/salário.
Os auditores do Tribunal de Contas do Estado do Piauí também ressaltaram o fato de que o caso acima ocorre “notadamente no que diz respeito ao Sr. Prefeito Municipal, que ao longo dos exercícios (2014, 2015 e 2016) vem recebendo valores atribuídos a diárias acima dos recebidos com os subsídios, como pode ser constatado na tabela a seguir”.
DESCONTROLE DOS GASTOS COM DINHEIRO PÚBLICO
Tais gastos com diárias sugerem o descontrole dos gastos públicos no município de Bertolínia nos últimos anos.
Os achados das prestações de contas da gestão que comanda o município de Bertolínia desde o ano de 2013 começaram a despertar a atenção de autoridades da rede de controle há muito tempo, além, claro, de denúncias que sempre rondavam os exercícios findos do prefeito Luciano Fonseca, do PT.
Acabou por culminar nas recentes prisões.