Governo ameça professores contratados em Parnaíba

                                            

                 

Os professores contratados pela Secretaria Estadual de Educação em Parnaíba estão sendo ameaçados para não aderirem à greve da categoria, caso contrário não terão seus contratos renovados.      “Nós tivemos o contrato vencido em dezembro; não recebemos dinheiro em janeiro, fica difícil não ceder às pressões”, declarou uma professora, durante manifestação dos servidores da educação nesta sexta feira, na Praça da Graça. Ela lembrou que a necessidade do salário é que está obrigando alguns a não acompanharem o movimento reivindicatório da categoria e por isso pretendem furar movimento voltando segunda feira para a sala de aula.
       “O Átila Lira está ameaçando cortar o ponto dos grevistas,mas ele não pode fazer isso, uma vez que o professor não está se negando a repor as aulas perdidas por conta do movimento. Primeiro o governo terá que negociar com a categoria”, disse a vice-presidente do SINTE- Piauí, Zeneide Machado, lembrando que o secretário de Educação, Átila nunca foi servidor público, é empresário da educação, dono de escolas particulares, além de estar satisfeito demais com o aumento que teve de mais de 60 por cento, como deputado federal.
Adesão em Parnaíba
         Segundo a presidente do SINTE- Parnaíba, Nádia Araujo, hoje a adesão dos professores ao movimento de paralisação é de 90 por cento, tanto em Parnaíba como nos municípios vizinhos. Em Parnaíba apenas 3 escolas não aderiam 100% ao movimento: A Escolinha de Aplicação, Unidade Escolar João Silva Filho e Ozias Correia. “Lá ainda funciona no período da noite, mas estamos tentando sensibilizar os professores, pais e alunos da necessidade de todos fortalecerem nossa luta”, disse Nádia.Segundo ela, o movimento nas ruas ainda é acanhado, como sempre foi, mas a paralisação nas escolas é total.
      Nesta sexta feira,às 9 horas da manhã, uma equipe do Sindicato dos Professores vai estar em Luis Correia, numa manifestação na Praça ´Núbia Suely, para sensibilzar a comunidade para a seriedade da paralisação
Secretário não vê motivos
      Segundo a presidente geral do SINTE, professora Odeni de Jesus, o secretário Átila Lira disse que não vê motivo para greve, mas ela questiona: afora a implantação do valor do piso salarial, já definido pelo MEC, e que o governo do estado não implantou, por que não é regularizada, por exemplo, a jornada de trabalho do vigia, que pela lei é de 12 horas por 36 e eles estão trabalhando 24 por 42 horas? E quantos alunos o ano passado não ficaram sem professores em algumas disciplinas até o final do ano? “Não deve o Átila culpar a categoria pelo insuceso da educação pública do Piauí”, disse.
A cobertura do movimento
          Alguns comentavam hoje, na praça da Graça, durante o movimento feito pelos trabalhadores em educação:”Se fosse uma greve de professores do municipio aqui estaria repleto de meios de comunicação e as críticas ao Zé Hamilton seriam as piores possíveis”(Só tinha oproparnaiba.com). A propósito,a professora Zeneide Machado informou: o valor do salário de um professor de 20 horas/aula no município hoje equivale ao valor de um professor do Estado 40 horas/aula.
        O secretário Átila acha que os professores deveriam dar mais um tempo ao governador que está começando agora. Esquece-se o deputado que Wilson Martins é governador desde abril do ano passado, fora os 3 anos de 3 meses em que foi vice- de Wellington Dias A greve só não ocorreu o ano passado, segundo os professores, por conta das eleições “e não queríamos prejudicar o ano letivo”.

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