A obra do Centro de Convenções de Teresina para outra vez na reta final
A novela da obra do Centro de Convenções de Teresina ganha mais um capítulo: o Governo do Estado rompeu o contrato com a empresa que tocava a conclusão da obra, a Soferro Construtora Ltda. O contrato estava em vigor desde 10 de março de 2014.
O termo de rescisão amigável do contrato para execução das obras de construção e requalificação do Centro de Convenções, 2ª etapa, foi assinado pela Secretaria de Turismo e a construtora.
O documento não esclarece as razões da rescisão do contrato. O que se sabe é que o governo deve aproximadamente R$ 12 milhões à construtora.
Pelo acordo, a Secretaria de Turismo vai providenciar novo levantamento dos valores e medições para posterior pagamento.
A construtora se obriga a manter a vigilância da obra, visando garantir a sua integridade física.
Obra já passou por 4 governos
A obra do Centro de Convenções foi iniciada há mais de dez anos. Já passou por quatro governos – Wellington Dias (2007-2010), Wilson Martins (2010-2014), Zé Filho (2014) e Wellington Dias novamente (2015-2018). O orçamento inicial era de R$ 28 milhões.
A data de inauguração já foi marcada e remarcada diversas vezes e jamais cumprida. Agora ela fica indefinida.
Nesse período, a obra já serviu de estacionamento irregular e foi alvo de graves denúncias de irregularidades que já mobilizaram o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União e a Justiça.
E tudo começou quando o antigo Centro de Convenções, construído em poucos meses pelo governador Dirceu Arcoverde, na década de 1970, foi fechado para passar por uma ampla reforma.
O projeto era construir um auditório com 1.200 lugares, com possibilidade de outros 600 lugares móveis em outras seis salas; dois pavilhões de exposição; amplo estacionamento; área de camarim; banheiros e oficinas de teatro, além de áreas de acessibilidade.
O governo não informou como nem quando vai concluir a obra. Adiantou apenas que faltam em torno de 3% para o seu término.
O risco, agora, é o que já foi feito ser depredado.
Foto: Reprodução
O antigo Centro de Convenções que o governo botou abaixo para construir outro no lugar