Abram os olhos, todos!
Quando a deputada estadual Gracinha Mão Santa anunciou que deixaria o PP, o senador Ciro Nogueira alertou que seriam menores, se não nulas, as chances de ela renovar o mandato. O anúncio serviu para todos que assim pensassem.
Comigo, não!
A deputada Gracinha faz as contas que não exatamente as do senador e acha que, na situação atual, a perspectiva é de que seu eleitorado vai dobrar.
Chapa quente
A questão é que o MDB virou um partido com uma chapa proporcional em que quem não tiver para além de 40 mil votos na eleição do ano que vem, periga ficar de fora da Assembleia Legislativa.
Eleita com 39,5 mil votos em 2022, quando dispunha da máquina da prefeitura de Parnaíba, mas assumindo os votos dos que não gostam do desgastado Francisco, Gracinha terá muito mais que 40 mil. Contam seus aliados.
Olha, olha!
Na eleição de 2022, entre os dez deputados estaduais mais votados, cinco eram do MDB, todos com 44 mil votos ou mais.
No PP, o mais votado, Dr. Thales, que deve também sair, ficou com 57,7 mil votos – o terceiro mais votado, atrás de Georgiano Neto (109 mil votos) e Severo Eulálio (59,1 mil).
Atentai bem
O que Ciro Nogueira disse com propriedade é que no PP, para se eleger deputado estadual, será necessário ter menos votos nominais que no MDB e no PT.
Aliás, no PT, mesmo com uma chapa proporcional muito forte, a tendência é que será necessário ter menos votos que no MDB.
Migração
Não é sem razão que o PT lança a rede na direção do MDB, oferecendo ponte para acesso ao partido àqueles que desejem concorrer a deputado estadual. Incluindo nomes com mandato.
Um exemplo é Bárbara do Firmino, que recebeu de Fábio Novo, presidente do PT, convite para concorrer pelo partido.(Portalaz)