Iphan e Prefeitura buscam soluções para situação de abandono do sítio histórico de Parnaíba

Foi realizada na manhã de ontem, terça-feira(23), no Casarão Simplício Dias, uma reunião para tratar da situação de abandono em que se encontram os prédios do centro histórico de Parnaíba, alguns dos quais já desmoronaram e outros totalmente depredados em vias de irem ao chão.

Presentes o superintendente no Piauí do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) Fábio Lustosa; os representantes da prefeitura, arquiteta Paula Campanelle, Charles Pires, superintendente de turismo e Albert Piauhy (Superintendente de Cultura); representante do Corpo de Bombeiros, Major Rivelino; o Promotor Saulo Linhares da Rocha, do Ministério Público Federal; o representante do IFPI, professor Yuri Lustosa, além de representante da Academia Parnaibana de Letras, Antônio Gallas, do Instituto Histórico, Cosme Sousa e a chefe do escritório do IPHAN local, Rayla Meneses.

Dentre os assuntos discutidos esteve a questão da falta de identificação dos imóveis do sítio histórico e de seus proprietários, bem como necessidade de se cadastrar esses imóveis abandonados, para se saber se o proprietário tem ou não interesse em mantê-los, o que deverá acontecer, a partir de agora. “Caso contrário, que faça doação para o município, o Estado ou às Universidades, para que possam ocupá-los”. Outros pontos foram levantados e definidos, para providências iniciais posteriores.

“Quando o Iphan se implantou em Parnaíba não houve uma sensibilização da sociedade para dizer que preservar o patrimônio histórico tem vantagem. Valorizar o sítio histórico de Parnaíba é um trabalho de todos, não só do Iphan. Que cada um dos envolvidos possa fazer a distinção da importância desse patrimônio. Temos que nos unir, envolver todos, inclusive as universidades, do contrário, não avançaremos”, disse o Superintendente Fábio Lustosa.

“Eu gostei dessa reunião, porque foram apresentadas algumas propostas de ações que nós vemos ter que implementar. Eu acho que quando as pessoas se reúnem para discutir os problemas as soluções aparecem. O que não poderia era a gente continuar calado sem fazer nada. A partir de agora vamos ter reuniões de trabalho para podermos implementar as ideias”, disse Albert Piauhy, superintendente de Cultura.

Durante a discussão ficou evidenciado que toda e qualquer ação concreta esbarra na falta de recursos. “No tempo que o IPHAN tinha dinheiro conseguimos fazer quase nada. Agora, menos ainda. A prefeitura tem responsabilidade mas tem limites. Temos que nos unir e envolver todos para que haja avanços”, defendeu Fábio Lustosa.

“Eu sou otimista. A crise do Brasil é temporária e o país tem um potencial enorme. A economia será reativada e os recursos vão aparecer. Não podemos é deixar a crise passar para podemos discutir nossos problemas. Temos que vê o que dever ser feito sem dinheiro e depois vamos ver o que pode ser feito com dinheiro. Não podemos é ser pessimistas”, finalizou Albert Piauhy.

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