João Deus vira as costas para o magistério

O ex-presidente do Sinte, professor João de Deus, suplente de deputado no exercício do mandato, está fazendo o papel de Judas do magistério estadual ao condenar o movimento grevista desencadeado por seus colegas de profissão.

Depois de se eleger várias vezes com o voto dos professores, João de Deus volta as costas para sua categoria e diz que “greve em início de ano letivo é prejudicial aos estudantes”. A sua subserviência ao governo é algo vergonhoso. É a negação de seu passado de luta no movimento dos professores.

Desmemoriado, não lembra o deputado que esteve no comando de várias greves quando o governo não era do PT, inclusive da maior de todas no segundo governo Alberto Silva, que durou quase um ano comprometendo todo o período letivo.

Agora, endossa a mentira de que o governo petista está concedendo um aumento maior que o da União, quando todos sabem que o senhor Wellington Dias está apenas pagando atrasado o percentual de reajuste de 2019, de 4,17%, que ele negou aos professores naquele ano.

E tem mais: para chegar ao piso de R$ 3.167,00 que será pago ao professor em início de carreira, somou todas as vantagens – a regência, auxilio alimentação e outras – como se fosse salário e aplicou o reajuste. A lei do piso, no entanto, não permite isso. É uma malandragem utilizada para passar a falsa ideia de que está sendo generoso com o magistério.

O reajuste do piso nacional de salário do magistério para 2020 é de 12, 84%, mas o governador diz que não pode pagar e manda para a Alepi uma proposta de aumento de 4,17%, que não dá sequer para repor as perdas.

O deputado João Deus, com sua larga experiência, sabe disso tudo e finge-se de tolo para não desagradar o governo que nega a sua categoria o tratamento que merece e humilha os professores com um reajuste de R$ 5 reais no Auxílio Alimentação, enquanto gasta uma fortuna por mês para abastecer a cozinha de sua casa, com recursos dos contribuintes.

Por essas e outras razões, o ex-presidente do Sinte-PI se tornou uma persona non grata no seio do magistério piauiense. (Diário do Piauí)

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