João Vicente Claudino sabia que o ex-prefeito de Cocal havia sido preso pela PF por crime corrupção

Com alegação de quebra de decoro, o ex-senador João Vicente Claudino determinou a expulsão imediata do ex-prefeito de Cocal, José Maria Monção, dos quadros de filiados do PTB, após polêmica declaração do ex-gestor durante convenção partidária realizada domingo (06). Porém, só o expulsou após a repercussão nacional da confissão da prática de crimes de corrupção.

Na presença do senador Ciro Nogueira; deputados (a) Iracema Portella, Júlio Arcoverde e do prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), dentre outras autoridades da região, Monção, que responde a uma série de processos na Justiça, confessou ter roubado dinheiro dos cofres da prefeitura durante os seus mandatos.

Em transmissão para o mundo inteiro, por meio das redes sociais, no evento que oficializou o médico Cristiano Brito como candidato do MDB para a prefeitura do município, Monção revelou:

“Eu fui prefeito três vezes, sei o sofrimento, mas também não roubei o tanto que esse aí roubou. Eu posso até ter tirado alguma coisa e dado para os pobres. Tá, é a verdade, porque ninguém pode ser tão sincero. Se eu tivesse sido todo direito eu não tinha ido preso, não é? Se eu fui preso, tem um motivo”.

A chocante sinceridade de Monção, no entanto, parece ter sido o único motivo de sua exclusão dos quadros de filiados do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Mesmo após a sua prisão, em 2009, na Operação Harpia da Polícia Federal, com o estouro de escândalos de desvio de R$ 2,6 milhões de verbas públicas do Fundo de Educação Básica (Fundeb), ele sequer sofreu sanções da cúpula comandada por JVC.

Pela lógica do PTB do Piauí, o crime do ex-prefeito parece ter sido a confissão e não a prática dos atos inconsequentes contra o povo de Cocal. João Vicente Claudino poderia explicar melhor a sua confusa linha de raciocínio.(Feitosa Costa)

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.