O governador Rafael Fonteles (PT) embarca para mais uma missão internacional a 14ª desde o início da gestão tendo como destino, mais uma vez, a Europa. No roteiro, Portugal, onde o governo já instalou um escritório de representação, e Espanha, país onde grupos empresariais têm relação antiga com o Piauí, como o grupo Arrey, há décadas presente no estado.
As últimas 13 viagens, no entanto, pouco refletiram em resultados concretos para o Piauí, o que tem gerado críticas nos bastidores da política local. A novidade desta viagem seria um movimento de bastidor articulado para demonstrar “harmonia entre os poderes”: caso o vice-governador Themistocles Filho se afastasse temporariamente, o governo seria assumido interinamente pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Aderson Nogueira, numa demonstração institucional de equilíbrio e confiança entre Executivo e Judiciário.
Mas o plano foi frustrado. Themistocles Filho não só recusou o afastamento como fez questão de afirmar que vai assumir o comando do Palácio de Karnak e tomar decisões durante a ausência do governador. Fontes próximas ao vice falam até em certo “calundu” com o desenrolar da proposta. Ou seja, a missão internacional já começa com sinais de turbulência no front político local. (Silas Freire)