Liderança arranhada?

Por:Arimatéia Azevedo

Wellington Dias é pela terceira vez governador do Piauí e isso leva qualquer pessoa a imaginá-lo com dois predicados essenciais a essa condição: inteligência e liderança. Não há dúvidas. Convém, no entanto, observar uma certa fragilidade do mandatário piauiense no grave momento que o país vive, com uma presidente à beira do precipício, precisando de todo e qualquer voto que a salve do impeachment. 
O governador piauiense instalou-se em Brasília para tentar cabalar votos em favor de sua aliada, mas nem mesmo com seus aliados locais tem tido êxito. No Estado, tem alianças com o PTB, o PP e o PSD, mas eis que, de repente, o governador não tem conseguido demover os integrantes destes partidos a acompanhar sua postura ante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Nem mesmo o secretário estadual de Segurança, Fábio Abreu, exonerado por Wellington para votar contra o impedimento da presidente, porque o suplente é inconfiável, parece ser um voto certo, ficando a bancada do Piauí na Câmara, até aqui, com seis votos a favor do impeachment, três votos contra e um voto que não se sabe para onde vai – justamente o do secretário exonerado, que anda a procurar um meio de nem ficar mal com o chefe nem com uma considerável parcela de eleitores que no momento prefere que qualquer um vote para tirar a presidente. 
Wellington Dias sairá da votação de amanhã com uma nova missão: a de tentar construir uma rede de apoios que não lhe falte tanto como está faltando agora à presidente.

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