Lula empossa novos ministros hoje

Gleisi e Padilha: twitter; Lula: Ricardo StuckertLula empossa novos ministros hoje

Gleisi e Padilha assumem novas funções a partir de hoje

Os novos ministros de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e da Saúde, Alexandre Padilha, tomam posse nesta segunda-feira (10) com desafios estratégicos para a eleição de 2026. Gleisi terá a missão de articular alianças políticas para a campanha presidencial, enquanto Padilha buscará dar maior visibilidade ao Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE), iniciativa que sua antecessora, Nísia Trindade, não conseguiu consolidar.

No domingo (9), em um sinal do tom combativo que pretende adotar, Gleisi criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais, acusando-o de “bajular” Donald Trump e apoiar taxações impostas pelos Estados Unidos que podem prejudicar exportações brasileiras.

“Bolsonaro não deve ser tão burro assim, mas pensa que a gente é. E não perde a mania de mentir e bajular seu ídolo estadunidense. Nosso país é o Brasil e é aqui que ele vai responder por seus crimes”, afirmou Gleisi em seu perfil no X, antigo Twitter.

Como substituta de Padilha na articulação política do governo, a nova ministra assumirá embates diretos com a oposição e ocupará um espaço que ficou vago desde a indicação de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023.

Dino, enquanto ministro da Justiça, protagonizou duros confrontos com o bolsonarismo. No entanto, a postura incisiva de Gleisi gera preocupação em setores do governo, especialmente em relação a possíveis atritos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nos últimos dois anos, enquanto presidia o PT, Gleisi criticou algumas medidas econômicas defendidas por Haddad, o que pode reacender tensões internas.

Apesar disso, auxiliares de Lula avaliam que o presidente buscou ministros com um perfil mais enérgico para mobilizar a militância. Além de coordenar a base política do governo, Gleisi terá papel fundamental na construção de alianças para 2026, seja para uma possível candidatura à reeleição de Lula, seja para a escolha de um nome para sua sucessão. A aliados, ela tem afirmado que sua prioridade será a articulação política, sem interferir nas decisões econômicas.

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