O GP1 apurou com fontes de ambas as siglas que o ponto central da crise é a disputa pelas vagas de deputado estadual. O PSD, que reúne ex-prefeitos e postulantes competitivos, é visto como uma ameaça direta às candidaturas de emedebistas já instalados na Alepi.
Como o MDB será o partido que abrigará as candidaturas para a Assembleia Legislativa, lideranças internas avaliam que a sigla está “inchada”, o que amplia o desconforto de parlamentares em busca de condições favoráveis de reeleição.
A possibilidade de ruptura antes das convenções eleitorais também fez com ambos os lados refizessem os cálculos sobre o desempenho de cada partido caso sigam caminhos separados. O PSD poderia conquistar até cinco cadeiras na Alepi, enquanto o MDB teria condições de alcançar cerca de dez assentos. O Partido dos Trabalhadores, que não integra diretamente a disputa da fusão, trabalha com projeções de até 16 deputados estaduais.
Outro fator que pesa é a pré-candidatura do deputado federal Júlio César ao Senado. Sem a sustentação integral dos emedebistas, o PSD avaliaria um enfraquecimento no projeto do parlamentar, que depende de alianças amplas para viabilizar sua campanha. (Davi Fernandes/Gp1))