Merlong Solano acusa Trump de corrupção internacional por favorecimento a investidores

O deputado federal Merlong Solano (PT) criticou as medidas do presidente estadunidense Donald Trump por, segundo ele, ter repassado informações privilegiadas a investidores antes de anunciar as taxas de 50% sobre importações do Brasil.

Deputado piauiense denunciou um suposto esquema de informação privilegiada nas taxações a países.  - (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Deputado piauiense denunciou um suposto esquema de informação privilegiada nas taxações a países.

O parlamentar classificou a ação como “corrupção em escala internacional”, denunciando que, sempre que o presidente norte-americano anunciava o aumento de tarifas a outro país, algum investidor apostava contra a moeda da nação atingida, vendendo horas depois dólares supervalorizados.

“O esquema corrupto de Trump funcionou assim no caso do Brasil: 3 horas antes do anúncio das tarifas de 50%, alguém comprou 3 bilhões de dólares e, pouco depois do anúncio das tarifas, vendeu os dólares altamente valorizados pela fuga de capitais do real para o dólar”, explicou o parlamentar.

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que pedirá à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que investiguem se investidores que atuam no mercado brasileiro lucraram com a especulação envolvendo real e dólar no período anterior e posterior ao anúncio de Trump contra o Brasil, a fim de verificar se houve acesso a informações privilegiadas.

As informações apontam que algum investidor comprou entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões às 13h30, ao valor de R$ 5,46. Cerca de três horas depois, os mesmos valores foram vendidos com o dólar cotado a R$ 5,60, garantindo um elevado rendimento.

Consta também que a mesma prática já ocorreu na África do Sul e em países da Europa. O parlamento dos Estados Unidos tenta abrir uma investigação sobre o caso, envolvendo o presidente Trump. Outra possibilidade seria uma investigação por órgãos estatais, mas, como são comandados por aliados do presidente, a chance de isso ocorrer é mínima. (O Dia)

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