Mistura heterogênea

Por:Arimatéia Azevedo

A campanha eleitoral começa para valer, com programas de rádio e TV, no dia 16 de agosto. Até lá, os eleitores poderão ter um tempo precioso para entender a confusão em que se converteu a política nos últimos dias e a mistura que reúne no mesmo palanque políticos de partidos com candidatos diferentes nos planos local e nacional.

O palanque do governador do Piauí tem o MDB que apoiou Dilma (Marcelo Castro), a parte da mesma agremiação que está com Temer (Themistocles Filho), o Progressistas que votou pelo impeachment da ex-presidente (Ciro Nogueira) e como um espírito a guia-los todos, o ex-presidente Lula, que protagoniza peças de campanha publicitária. No palanque de Dr. Pessoa, do Solidariedade, apareceu todo cheio de si como protagonista o deputado Evaldo Gomes, do PTC, que era governista até a véspera.

Outro que também deu o ar da graça foi o ex-secretário de Assistência Social, Henrique Rebelo, que já foi do MDB e estava no PT. Nessa mistura toda, em que o contorcionismo para salvar o pescoço é mais importante, tem-se a nítida impressão de que a troca de um palanque pelo outro poderá ser muito facilitada na atual campanha. Bastará que as pesquisas eleitorais indiquem qual o destino onde o político pode obter mais vantagens. Na atual campanha eleitoral no Brasil (Piauí incluído) a definição pode estar na frase do coronel Jarbas Passarinho ante à decretação do AI-5: “Às favas, os escrúpulos”. O coronel estava certo de que havia uma guerra a ser vencida. Os políticos pensam somente em uma eleição.

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.