Motorista de Wellington Dias e R$ 180 mil de origem desconhecida

                             Motorista de Wellington Dias e R$ 180 mil de origem desconhecida

O senador Wellington Dias se vê, literalmente, no olho do furacão. A apreensão de R$ 180 mil, em espécie, escondidos embaixo do banco de um carro, com um funcionário do seu gabinete no Senado, saindo de Brasília com destino ao sul do Piauí, na divisa com a Bahia, levantou muitas suspeitas sobre o uso de caixa 2 na campanha do petista para o Governo do Estado. Será desta e com certeza de outras acusações, como o abuso do poder econômico, que Dias terá agora que se defender até o final das eleições.
A tentativa de minimizar o episódio, dizer que estão espalhando mentiras, começar uma ofensiva através das redes sociais, não deve surtir muito efeito. Mais inteligente pensar em como lidar nesta situação de crise. Isso porque, quando se fala em dinheiro, quando se tem a imagem do dinheiro, de 1.800 notas de R$ 100, 00, quando se mostra um vídeo da apreensão feita pela polícia e se tem a informação de que todo o montante de R$ 180 mil ficou apreendido e será destinado para a Justiça Federal, muita coisa ainda deverá ser explicada.
Neste momento, com o afunilamento da campanha eleitoral, é claro que o fato deverá ser explorado pelos adversários do candidato.  Aliás, até o momento não se manifestaram nenhum deles.  Restam pouco mais de 20 dias e novos desdobramentos são aguardados, pois o motorista do gabinete do senador Wellington Dias deverá prestar novos esclarecimentos. A propósito, José Martinho é lotado como motorista, mas quem conduzia o veículo era outra pessoa: Paulo Fernando de Sousa que apresentou documentação falsa à Polícia Rodoviária Federal e, sem função disso, o veículo foi inspecionado.
O fato é que, diante do cenário formado, resta saber se vai interferir no curso da campanha, se vai ser uma bomba ou um traque para Wellington Dias que, até agora, é o favorito para levar a eleição no primeiro turno pelas pesquisas de intenção de voto.
A origem do dinheiro
Com relação à origem do dinheiro, esta não deve demorar muito para aparecer. Pelas imagens reproduzidas em todos os sites e emissoras de televisão, bem como nas redes sociais, foi possível verificar que algumas cédulas estão com o lacre do Banco Bradesco de onde, certamente, foi sacada toda ou pelo menos parte da quantia. No lacre do Banco, consta o dia em que foi sacado o dinheiro, o lote e a identificação da sua origem.
Logo, logo, se quiserem, todos vão saber já que José Martinho Araújo, que alega ser o proprietário de toda grana, não soube explicar como conseguiu, nem a origem do dinheiro. Apenas, inocentou o senador Wellington Dias e disse que o destino final seria a compra de uma propriedade no Piauí.
A imagem do dinheiro
A imagem é forte e está sendo explorada em todos os níveis, sendo repassada pelas redes sociais.
Mas, nem todos os candidatos desta campanha podem aventar a possibilidade de falar no assunto, sob o risco de puxarem imagens da campanha de 2010.
José Martinho e Wellington Dias
O senador Wellington Dias declarou à Tv Clube que José Martinho não é seu funcionário e, sim, do Senado. Bobagem, grande bobagem! Segundos após a divulgação das matérias – no Piauí TV  e no Jornal Nacional –  começaram a circular fotos de Martinho já nesta campanha de Wellington no interior do Piauí que estão no seu facebook.
Também foram repassados os atos de nomeação de José Martinho que exerce cargo de comissão no Congresso, portanto, por indicação do senador Wellington Dias.
Além de tudo, também muito se comentou que José Martinho Araújo é parente próximo de Wellington Dias e natural da região de Coronel José Dias.
Muitas perguntas serão feitas
Se esse dinheiro fosse do motorista do Senado, os R$ 180 mil em espécie, teria ficado retido ? É a primeira delas.
Se José Martinho Araújo é motorista de Wellington, porque entregaria seu carro a um motorista com habilitação falsa? A segunda.
Quem é Paulo Fernando Sousa, o condutor do carro apreendido com os R$ 180 mil e continua preso? A terceria.(Blog da Elizabeth Sá)

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