Ninguém quis rebater Bolsonaro por preconceito contra “governador ladrão”

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Todo mundo acompanhou: em conversa informal com um de seus ministros, gravada pela imprensa, o presidente Jair Bolsonaro chamou governadores do Nordeste de “paraíbas” e quase cai uma banda do mundo.

Os governadores, com os brios feridos, imediatamente publicaram nas redes sociais uma nova carta aberta ao presidente acusando-o de estar discriminando a região.

Bolsonaro, que não foge de uma briga, por mais besta e sem futuro que ela seja, disse que sua crítica não era genérica e que estava falando particularmente de dois governadores – o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e o da Paraíba, João Azevêdo (PSB).

Nova carga

O presidente Jair Bolsonaro voltou na segunda-feira ao Nordeste. Foi a segunda visita dele à região em menos de um mês. E na próxima semana ele vem ao Piauí.

Nessa segunda visita, Bolsonaro veio inaugurar a primeira etapa da usina solar flutuante, instalada pela Chesf em Sobradinho, na Bahia, e não deixou pedra sobre pedra.

O presidente afirmou que governadores da região “fazem politicalha” e querem transformar o Nordeste “em uma Cuba”.

E voltou a negar que tenha agido com preconceito contra os nordestinos, quando chamou governadores do Nordeste de ‘paraíbas’.

Na Bahia, o presidente voltou a carregar nas tintas. E descarregou:

– (…) Não existe esta questão de preconceito. Eu tenho preconceito é com governador ladrão que não faz nada para o seu estado.

Sem resposta

Desde ontem, estou, como muitos outros, aguardando uma nova carta aberta dos governadores do Nordeste, desta vez cobrando satisfação pela nova declaração do presidente.

Não é possível que eles, os governadores, que ficaram tão melindrados quando se sentiram chamados de “paraíbas”, não tenham se incomodado quando Bolsonaro afirma que tem preconceito com governador ladrão. Ou vão fazer de conta que não foi com eles?

Os governadores nordestinos estão na obrigação de vir a público novamente e exigir que o presidente aponte quem é governador ladrão.

Eles não podem simplesmente calar e aceitar a carapuça.

Todos sabem que, pelo seu modo desassombrado e sem freio na língua, Bolsonaro prontamente vai dizer quem é que é ladrão.

Ou então vai dizer que, mais uma vez, foi mal interpretado e, assim, ninguém, entre os governadores, carregará nas costas a pecha de ladrão.

Coragem, governadores! Cadê a carta?

Por: Zózimo Tavare

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