No Piauí, a agenda política é maior que a administrativa


Por:Cláudia Brandão
Nem parece que o Piauí é um estado com tantas carências, a começar pelo estado de seca que atinge toda a região do semiárido, impondo um insuportável racionamento de água à população  justamente durante os meses mais quentes do ano. Aqui, o que prevalece mesmo é a agenda política, não a administrativa. A BR 135 é outro exemplo. Foram necessárias 35 mortes só no primeiro semestre deste ano para que os representantes políticos do estado se mobilizassem para encontrar uma solução para a rodovia.
No entanto, quando é para tratar de política, a disposição é invejável. Ainda falta mais de um ano para a eleição majoritária de 2018 e, no entanto, os gabinetes se ocupam dia e noite a tratar do assunto. O PMDB, maior partido do estado, se vê às voltas com a discussão  sobre se lança candidato próprio ao Palácio de karnak ou se permanece aninhado ao bloco do atual governador, Welliington Dias.
O presidente do SESI, João Henrique de Almeida Sousa, já se lançou candidato há um bom tempo e vem percorrendo o interior do estado em caravanas, propagando o seu nome.  Ele não poupa críticas ao governo de Wellington Dias e, por isso, bate de frente com outra ala do partido, comandada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Themístocles Filho, que pleiteia para si a vaga de vice-governador na chapa de Wellington. Os dois andam se estranhando por conta das posições divergentes.
A vaga de vice, aliás, é tida como certa pelo Partido Progressista, partido que a ocupa atualmente com a presença da Deputada Margareth Coelho que, aliás, já disse que pretende continuar ocupando o mesmo espaço na próxima eleição.  E o PP reivindica esse posto sustentado nos recursos federais que vem ajudando a obter para o Piauí por meio do prestígio do Senador Ciro Nogueira.
A segurança anda ruim, a situação nos hospitais regionais não é boa, falta água em muitos municípios, mas as discussões políticas são animadas e acaloradas. E assim sobrevive o Piauí.

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