Conversa no escuro
Olha só como anda a politica piauiense nos bastidores. Rafael Fonteles, se quiser disputar o Senado em 2030, precisará renunciar.
E é aí que entra a jogada de mestre — ou a armadilha: Wellington Dias quer indicar o vice.

Sem projeção
Mas não será um nome de projeção, e sim uma figura decorativa, envelhecida, sem lastro popular. Digamos, um Merlong Solano. Um vice que não ameace, que apenas guarde o trono. Porque, em 2030, Wellington pode querer sentar de novo na cadeira de governador — ou, quem sabe, enfrentar Rafael pelo Senado.
O poder como vingança
O que se desenha no Piauí não é só uma disputa por espaços. É uma vingança política em câmera lenta.
Wellington se sente traído por um pupilo que ousou governar sem pedir bênção. E, como todo cacique ferido, planeja no silêncio. Não para hoje. Mas para 2030.
O eleitor como figurante
No meio desse jogo de vaidades, o povo piauiense é só plateia. Ninguém discute projetos, futuro, desenvolvimento. Só se fala em cadeiras, poder, trocas e traições.
É um teatro conhecido, mas que continua lotando — talvez porque a plateia já se acostumou a assistir sem aplaudir.
A traição como método
Não custa repetir. A aliança em gestação entre Wellington Dias e Ciro Nogueira, se confirmada, será o retrato perfeito do cinismo político: um pacto entre adversários históricos para isolar Rafael Fonteles.
E tudo isso à sombra de um Senado com duas vagas — o tipo de oportunidade que transforma inimigos em aliados provisórios.

Marcelo, o nome da conveniência
Marcelo Castro, até então discreto, surge como peça-chave no arranjo. Seu nome aparece como denominador comum entre os grupos de Dias e Ciro. A dobradinha Marcelo-Ciro, com um jogo de primeiro e segundo voto, é a tradução da velha política do “toma lá, dá cá” com nova roupagem. (Portalaz)