Baixaria também
Na defensiva há pelo menos duas semanas, desde que uma operação da Polícia Federal jogou em seu colo o desvio de R$ 7 milhões, a campanha de Fábio Novo primeiro fez um vídeo em que dizia que não faz baixaria.
Mas nesta última sexta-feira, abandonou a postura “certinha” para lançar três vídeos atacando de modo virulento o adversário. Abraçou com força a “baixaria”.
Ataques
A campanha de Sílvio Mendes explorou os esqueletos no armário do candidato petista: sua relação de primeiro-amigo com o enrolado Carlos Anchieta, investigado por desviar dinheiro de artistas na pandemia.
Isso certamente repercutiu mal e piorou a percepção do eleitorado quanto a Fabio Novo.
Coisa grave
A campanha deve ter avaliado por pesquisas que não podia ficar fazendo cara de paisagem porque o estrago foi grande e seria preciso recuperar terreno. O planejamento certinho que não prevê percalços fez água e desde a sexta-feira a campanha publicitária do candidato do PT ligou o modo “barraco total.”
Cavalo de pau
Quem conhece campanha eleitoral sabe que as circunstâncias mudam as coisas, mas que no geral marqueteiros como os contratados por Fabio Novo a peso de ouro fazem os programas e inserções para um ambiente controlado.
O cavalo de pau na campanha do petista parece evidenciar que as coisas saíram do controle. Pode ser que tenha batido o desespero.
“Dombarretistas”
Uma das evidências dessa situação é que quem manda na campanha agora não é o candidato, mas uma espécie de comitê de crise. Isso ficou claro com a reunião de segunda-feira em que o governador e seus secretários “dombarretistas” traçaram cenários para garantir a vitória de Fabio Novo no primeiro turno. A qualquer custo, se disse.
Postura questionável
O governador Rafael Fonteles gravou dois vídeos nos últimos dois dias: o primeiro fazendo escárnio do que pode ser o resultado de pesquisa a ser divulgada na próxima semana. Provavelmente de instituto nacional. Provavelmente favorável ao seu candidato, Fábio Novo. Ou não? Ele pergunta: “será que os institutos começarão a ajustar?” O chefe do governo deve estar se referindo apenas aos institutos que não são generosos ao seu candidato, não é mesmo?
O ex-amigo do prefeito
No segundo vídeo, Rafael, que foi parceiro de Dr. Pessoa o coloca na galeria dos piores prefeitos que a capital já teve. Entenda, até bem pouco tempo o governador e todo o seu partido eram aliados de Pessoa. O Piauí tem hoje um governador provocador, que ataca antes de ser atacado. (Portalaz)