O mundo, felizmente, não acabou!

Capa das revistas, tema mais frequente ao longo da semana na mídia, a previsão do fim do mundo para hoje, segundo o calendário Maia, felizmente não se concretizou. Que bom! Podemos então continuar sonhando, planejando, romanceando a vida.
Desconfiei da profecia, porque a Bíblia diz que antes do final dos tempos haveria o arrebatamento dos cristãos. Também não vi os sinais bíblicos previstos no Livro de Apocalipse, entre os quais que o poder reinaria antes por um anticristo.
Na verdade, fiquei desconfiado com tamanho estardalhaço da mídia. O mundo se rege pelo comércio e havia o propósito de muita gente ganhar dinheiro com essa estória apavorante para o homem. Não deu outra: várias festas foram embaladas ontem sob o tema do fim do mundo.
Lucraram as boates, os bares, os botequins e os cabarés. O comércio lucrou muito mais com a venda de amuletos aos que ainda acreditam nesses artifícios de sustentação da sua fé. Comerciais invadiram a internet, como o Grupo São Braz, que anunciou: “Qual o seu último pedido? Venha tomar o seu último café”.
No Brasil, é assim: tudo acaba em carnaval ou em futebol, isso sem falar nas Comissões Parlamentares de Inquérito, que acabam em pizza.
Com todo respeito aos Maias, uma das primeiras civilizações das Américas, cujo Deus é o sol, o mundo não vai acabar nem tão cedo. Em breve, entretanto, aparecerão por ai falsas profecias, mas desconfie: são jogadas para aquecer o comércio.Magno Martins

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