por:Cláudia Brandão
Em uma última tentativa de acordo, governo e sindicato dos hospitais e clínicas particulares se sentaram à mesa, intermediados pelo Ministério Público do Estado. A situação chegou ao nível do “insustentável”, de acordo com os hospitais, devido ao atraso no pagamento do repasse do Plamta. Sem receber pelos atendimentos feitos, os diretores da rede privada de saúde já anunciaram que vão suspender as atividades com os usuários do plano.
Pior para os servidores públicos, cujo pagamento é descontado mensalmente no contracheque. Ou seja, eles estão pagando regularmente, mas não terão direito ao benefício porque o estado não está repassando o dinheiro recolhido aos hospitais. O sindicato dos hospitais diz que não tem como continuar o atendimento se o governo não pagar dentro do prazo estabelecido n contrato, que é de 60 dias após a apresentação da fatura.
O Estado, por meio do Secretário de Fazenda, Antônio Luís Santos, mandou um recado, avisando que não tem como pagar no prazo por conta da dificuldade financeira que o Piauí está atravessando. As contas estão no vermelho, é fato. Mas é preciso estabelecer prioridades e a saúde é a principal delas. O Piauí teve sua máquina pública inchada e hoje conta com mais de 60 órgãos com status de secretaria. Algumas obras, como construção de estradas, estão pulverizadas em várias secretarias ao mesmo tempo.
Um bom começo é otimizar os serviços, diminuir o número de cargos públicos e apertar o cinto onde não haja prejuízo para a população. Certamente, deixar de pagar compromissos assumidos com a saúde não é um bom caminho. Os quase 300 mil usuários do Plamta em todo o Estado têm o direito de receber o benefício correspondente ao que pagaram.