O Parnahyba Sport Club volta a respirar

Por:Benedito Gomes(*)
Prestes a
completar 102 anos de existência o Parnahyba Sport Club, único time de futebol
profissional da cidade, sempre teve sua saúde financeira fragilizada. Nunca,
porém, como nós últimos anos, após o desaparecimento daquele que mais se
dedicou ao Tubarão do Litoral: Pedro Alelaf, que deixou como patrimônio do time
um estádio (Petrônio Portela) e uma sede.
Acumulando
débitos, anos após anos; praticamente vivendo da ajuda financeira que vinha
sendo dada pela Prefeitura, foi um verdadeiro chute no estômago daqueles que
dirigem o time a notícia de que o município não mais poderia “patrocinar” a
agremiação. Isso depois de meses, anos de espera, sobrevivendo de promessas,
fazendo empréstimos e contentando-se com algum apoio financeiro dado por alguns
poucos empresários locais que ainda apoiam este tipo de iniciativa. Destaque-se
neste rol as empresas “I N Irrigação” e “Ultragáz”.
Após os 2
primeiros anos da gestão Florentino Neto, em que o Parnahyba deixou receber o
“patrocínio da Prefeitura”, tudo levava a crer que o azulino não teria
condições mínimas de participar do Campeonato Piauiense, versão 2015. E haja
expectativas, reuniões de diretoria, apelos para o deputado federal Paes
Landim; busca de patrocínios junto ao Banco do Nordeste, enfim, uma verdadeira via-crucis foi percorrida.
Neste ínterim não foi uma e nem das vezes que o atual presidente do time, Batista Filho,
anunciou desistir da cruz que lhe puseram às costas. “Vou entregar, não dá mais”, dizia o Batista. Para completar, sequer estádio para disputar as
partidas o Parnahyba possuía, porque não obstante a Prefeitura haver deixado de
ajudar o time, havia abandonado também o estádio municipal. Mas, parece que os
céus começaram conspirar em favor do time mais querido do litoral. Enfim, uma
luz no fim do túnel…
Embora ainda
“contando moedas”, o Parnahyba está no campeonato, muito bem na fita, com a ajuda de muitas pessoas de boa vontade. A
começar pelo Presidente da Federação das Indústrias do Piauí, Zé Filho, que deu
o estádio “Verdinho” para que as partidas pudessem ser disputadas na cidade.
Cedeu ainda um ônibus bem equipado, para os deslocamentos do time à capital, o
que era feito anteriormente com grandes dificuldades, dependendo da “vaquinha”
entre dirigentes e torcedores, para custearem o aluguel de transporte que não
saia por menos de R$ 3.000,00 (três mil reais) por viagem. E mais: Os 10% que
eram cobrados pelo aluguel do estádio, Zé Filho dispensou, revertendo a favor
do azulino.
Afora essa grande
ajuda dada pelo presidente da FIEPI, Zé Filho, da qual não fez propaganda, o
também empresário Valdeci Cavalcante, presidente da FECOMÉRCIO, comprometeu-se
a pagar o treinador do time (o que vem cumprindo), que era outra grande preocupação para os dirigentes.
E, finalmente, a partir deste mês, parte dos vereadores comprometeu-se a dar
uma ajuda de R$ 300,00 (trezentos reais) por mês, como forma de contribuir para
que “nosso” Parnahyba represente bem a cidade no campeonato piauiense. Dos 17 vereadores, são colaboradores:Gustavo Lima, Neta Castelo Branco, Foguinho, Bernardo Rocha, Diniz, Astrogildo, Gerivaldo, André Neves, Carlson Pessoa, Renatinho, Geraldinho e Cardoso. 
Mas a sorte dos
dirigentes do Tubarão vai além. Já por dois meses – janeiro e fevereiro, graças a uma campanha da Prefeitura para incrementar a arrecadação,  o
Parnahyba é contemplado com a quantia de  R$ 25.000,00, da campanha da prefeitura:  “Nota
Fiscal Parnaibana: Vista a Camisa de Parnaíba!” . Segundo o presidente Batista Filho, é com
esse dinheiro que vem sendo paga a folha de pagamento dos jogadores. Sem dúvida, esta também é uma forma do município voltar a colaborar com o time.
E assim o Parnahyba segue
vivendo, até porque é o time do Piauí que mais arrecada em partidas que
realiza. Que os momentos de “sufoco” sejam estímulos para que novos caminhos
sejam encontrados para o futuro. O que não pode é o glorioso Parnahyba Sport
Club morrer de inanição.
EM TEMPO:Para turbinar o “caixa”, o Parnahyba lançou também o programa do “sócio-torcedor”.
(*)Benedito
Gomes
Contador (UFPI)

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