O problema é a corrupção

O movimento das
ruas está revelando uma certeza: de que no Brasil se mistura a incompetência na
gestão pública com a ladroagem. 
Há muito se abandonou o critério da
meritocracia onde os ministros da Saúde e da Educação e os respectivos
secretários nos Estados e municípios tinham curriculo à altura para merecer a
indicação. Há muito se faz isso na base do QI (Quem Indica), seja pelo partido,
pelo político ou pelo esquema pouco republicano que o indicou. E os indicados
quando não são só incompetentes, são também ladrões. Por isso que o Brasil
apresenta um quadro caótico na assistência médica e o nível escolar um dos mais
baixos da América Latina. Incompreensível pelo volumoso recurso de dinheiro
aplicado em ambos os setores. 
A segurança e o transporte público também não
funcionam. Daí ganhar coro o movimento das ruas contra a corrupção deslavada e
o pouco caso que sempre se fez nas esferas de governo. O brasileiro paga muito
imposto para ter pouca contrapartida em matéria de serviços essenciais. Como a
própria presidenta Dilma já admitiu que a corrupção é inaceitável, está na hora
de uma profunda mudança, partindo principalmente do governo federal que pode,
imediatamente, enxugar a sua máquina administrativa, dando exemplo para os
Estados e propor ao Congresso Nacional uma reforma política moralizante. 
Não dá
mais para fingir que tudo está bem e aceitar a quantidade de partidos
existentes que só servem para barganhar benesses e recursos. Chega de deputado
ou senador pensar em obras que servem apenas para lhes render propina; As tais
emendas parlamentares passaram a ser um modo de financiamento de campanha. O
‘Bolsa Família’ é uma política de transferência de renda, necessária para um
país de bolsões de miséria, mas não é suficiente para resolver todos os
problemas. 
Finalmente, a população acordou para forçar a mudança radical nos
costumes políticos do Brasil. Que, diga-se de passagem, pioraram radicalmente,
nos últimos anos.Por:Arimatéia Azevedo

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