Pelo volume de recursos anunciados, e mal aplicados, o Piauí, já poderia ter computado obras estruturantes inerentes ao desenvolvimento do estado. Afinal, o que estão fazendo ou que vão fazer com tanto dinheiro?
A partir de junho de 2013, o então governador Wilson Martins, recebeu
sem a exigência de projetos obrigatórios para aprovação pelo legislativo, autorização para contrair empréstimos no montante de R$ 2.7 bilhões de reais. Faltavam precisamente 9 meses para o então governador do Piauí, deixar o governo para se candidatar a senador, o que viria a acontecer no mês de março de 2014. Vejam bem: faltando 9 meses para de sapear do poder. Algo muito sério, ou porque não dizer, algo muito irresponsável, por parte do legislativo do Piauí. Mas, aconteceu!
Ao final desses nove meses restantes de seu Governo, Wilson Martins, não prestou contas dos R$ 2.1 bilhões captados em bancos nacionais e estrangeiros, deixando a disposição do seu sucessor o saldo de R$ 600 milhões, dizendo ele para concluir o rodoanel e a duplicação de duas BRs, que ele também não explica por que não o fez, afinal, ele trouxe para o seu caixa de fim de governo a bagatela de R$ 2.1 bilhões de reais.
Sem ministério público atuante, com um TCE que faz de conta que faz e um legislativo comprometido ética e políticamente com o Executivo, tudo ficou por isso mesmo. O dinheiro veio, entrou no caixa do Sr. Governador Wilson Martins, o que ele fez mesmo, com tamanha montanha de recursos, só ele pode explicar, pois na visão de quem tem discernimento, quase que nada, que justifique tão vultosa soma de recursos.
Agora, o secretário Rafael Fonteles, está anunciando a chegada de R$ 1 bilhão, a sobra daqueles U$300 milhões de dólares, que no valor atual, em relação ao desastre do nosso real, vai multiplicar por 4 o que vai render ao Piauí a gorda soma de R$ 1.2 bilhão de reais.
Vamos torcer que o governador Wellington Dias, esqueça a tal mobilidade
urbana, muito usada para destinar dinheiro a bel prazer de cada um, e, competentemente, dê uma lição em Wilson Martins, fazendo com R$ 1.2 bilhão o que Wilson não provou fazer até hoje, com os R$ 2.1 bilhões tão bem divulgados quando de sua chegada, e, tão mal aplicado sem deixar rastro de qualquer investimento em obras que justifiquem a injeção de tão gorda soma de recursos.
Imaginem com esses R$ 3.3 bilhões, soma desses dois empréstimos, o que não faria Alberto Silva, que, com bem menos do que isso, sim, menos, sequer 50% desse valor maluco, fez o que ninguém tem conseguido fazer no Piauí, até hoje!
Para concluir: Mão Santa sem esse aporte de recursos, deixou mais obras do que W. Martins. E não teve bilhões no seu governo.
O dinheiro público no Piauí precisa ser investigado pelo MPF e pela PF, sob pena do dinheiro entrar e continuarmos sem as obras necessárias ao desenvolvimento do estado na aplicação de vultosas somas, com responsabilidade, nas chamadas e sonhadas obras estruturantes, como porto, transcerrado, ferrovia e canais de irrigação margeando o Parnaíba e o Poti.
Eu sei que a verdade dói, mas, essa é a nossa dura opinião de hoje, doa a quem doer!(Por: Tomaz Teixeira)