Obras malfeitas

Por: Arimatéia Azevedo

Alguém perguntou a um secretário de Estado se seria de sua pasta a obra de asfalto esfarelado, recentemente inaugurada com pompa e circunstância pelo governador Wellington Dias, em São Raimundo Nonato. Pronta resposta do zeloso gestor: “se fosse de nossa secretaria, primeiro eu daria um tapa no responsável por este setor, segundo, o demitiria e, por fim, evitaria que a rodovia fosse inaugurada para evitar constrangimento ao meu chefe”. Auxiliar desse naipe, parece ser difícil de ser encontrado na atual gestão, porque, a impressão que se tirou desse fato foi que o pessoal do setor de engenharia da Secretaria de Transportes, bem como seu secretário, ficaram míopes para a péssima qualidade do serviço, que custou mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos, como deixaram o chefe do governo e seus convidados metidos num baita constrangimento. Não demorou horas da inauguração de uma estrada asfaltada em São Raimundo Nonato para que a pouca vergonha viralizasse nas redes sociais, expondo um problema sério: de que tem gente na gestão pouco se importando com os resultados, com o uso do dinheiro do contribuinte que lhes paga os salários e muito menos com a imagem do próprio chefe. Além da espessura do asfalto ser questionável, a mão de obra mostra-se emporcalhada, ainda que a construtora responsável tenha emitido nota à coluna dizendo que “o pavimento se trata de um TSD (Tratamento Superficial Duplo) e que demanda um tempo de cura para varrer e tirar os excessos”. Esses excessos citados devem ser tão-somente excessos de descuidos. Acredita-se que se houvesse uma pronta resposta, principalmente para a opinião pública ficar informada, da parte dos órgãos de fiscalização e controle, casos desse tipo não ocorreriam.

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.